terça-feira, 5 de maio de 2015

Orientações para criação de terneiras e novilhas de leite


terneirasO mais importante, segundo os especialistas, é o manejo nos períodos pré-parto e pós-parto, destacando a importância do colostro e da alimentação no início da ruminação, além de medidas de manejo na cria de terneiras e na recria de novilhas. A pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul (Bagé/RS), Renata Suñé, diz que a importância dos cuidados com a cria de terneiras e novilhas de leite se justifica pelo fato de ocorrerem nessa fase os maiores índices de mortalidade dos sistemas de produção de leite, que ainda oscilam no Brasil entre dez e vinte por cento. Esses indicadores se tornam um problema, já que aí estão as fêmeas que serão futuras produtoras de leite e que possibilitarão a realização de seleção dentro do rebanho.
Se o sistema apresenta altas taxas de mortalidade, a seleção dos animais fica prejudicada, pois haverá poucos animais para reposição, podendo-se descartar apenas os animais com problemas e os mais velhos, impossibilitando a escolha dos melhores dentro do rebanho para retenção na propriedade.
Entre os principais fatores relacionados à mortalidade na fase da cria estão a contaminação ambiental, a aglomeração dos animais e a presença de ventos em locais com alta umidade. Por isso, os cuidados com as crias começam quando as vacas estão prenhas. “No período pré-parto, o animal tem de ter um período de descanso para a produção e o armazenamento de colostro”, explica Renata Suñé, lembrando que é no último terço de gestação que se dá o maior desenvolvimento do terneiro.
Com relação à terneira ou bezerra recém-nascida, a pesquisadora destaca a necessidade de ingestão do colostro nas primeiras horas de vida. “É preciso cuidar para que o animal nasça em um ambiente limpo e que tenha acesso ao colostro”. De acordo com a pesquisadora, a velocidade com que o animal irá se transformar em ruminante, e, assim, capaz de sobreviver de pastagem, dependente da alimentação que lhe é ofertada.

Por isso, o indicado é que o animal receba uma alimentação láctea, em torno de 10 a 15 por cento do seu peso vivo, e que, a partir da segunda semana de vida, lhe seja fornecido um alimento concentrado, com baixa fibra, além de um feno de boa qualidade.

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