Com saudades do passado.
Mesmo com nó na garganta
Solta um aboio chorado
Num relembrado penoso
Lacrimeja o desditoso
No seu canto acabrunhado.
Pita um cigarro de palha
E puxa pela memória
Buscando em cada pitada
Um pouco de sua história
Coloca e tira o chapéu
Olha pro chão e pro céu
Nas cenas da trajetória.
Hoje somente a saudade
Habita seu coração.
Pois morando na cidade
Vive de recordação,
E chora pela boiada
Que por ele era tocada
Nas quebradas do sertão.
Dalinha Catunda.
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