Um tomate mais produtivo e com mais tempo de prateleira |
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É o novo
hibrido da Embrapa Hortaliças, o BRS Zamir. O
desempenho agronômico da nova cultivar um tomate do segmento cereja
alongado ("grape"), tem surpreendido os agricultores que testaram o
material. As vantagens registradas até agora são produtividade e tempo
de prateleira. Na média, o híbrido rende oito quilos por planta e tem
durabilidade de até 18 dias após a colheita, em temperatura ambiente.
O
novo tomate possui um gene que estimula um bom grau de bifurcação dos
cachos, o que aumenta o número de frutos por penca, despertando ainda
mais o interesse dos agricultores nesse material.
Em
relação a doenças, o híbrido apresenta resistência a diversos fungos e
razoável nível de tolerância aos danos causados por begomovírus,
transmitidos pela mosca-branca, que é a principal praga da cultura. Uma
outra constatação é a doçura dos frutos que chega até ser comparado com
uma uva ao ser mordido. O sabor adocicado do tomate BRS Zamir é devido
aos elevados teores de sólidos solúveis, que atingem até 11ºB (grau
Brix), dependendo do manejo.
Para
o pesquisador Leonardo Boiteux, responsável pelo programa de
melhoramento genético do tomateiro, na Embrapa, "Os frutos apresentam
uma combinação bastante equilibrada entre os teores de açúcares e
ácidos, o que resulta em um excelente impacto sensorial".
Além
das vantagens agronômicas e sensoriais, o tomate se insere no mercado
como um dos materiais com maior teor do pigmento licopeno, em torno de
114 miligramas por quilo. "A ação antioxidante do licopeno faz com que
dietas ricas nesta substância apresentem efeitos preventivos contra
doenças degenerativas e cardiovasculares", pondera Boiteux ao afirmar
que a demanda por esse tipo de tomate "gourmet" tem crescido
consideravelmente no Brasil.
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da redação do Nordeste Rural |
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