Adaptabilidade e alta conversão alimentar da raça sindi atrai pecuaristas
Publicado Marcelo Abdon
Quando se fala em pecuária, o manejo correto do gado é indispensável. Porém, para se ter um resultado lucrativo, é essencial que a raça criada consiga se adaptar às adversidades do clima, do terreno e, principalmente, ser dócil. Felizmente, os pecuaristas que lidam com o Sindi não têm problemas com isso.
A docilidade, rusticidade, adaptação e alta conversão alimentar são algumas das características que levaram criadores dos quatro cantos do Brasil a investirem na criação da carne Sindi.
Originário do Paquistão, este zebu chegou no Brasil em 1930 e se fortaleceu na década de 50. Considerada uma das mais antigas raças do mundo, o Sindi se adaptou facilmente no Brasil em virtude da sua extraordinária forma de transformar pasto “pobre” em proteína vermelha.
Adáldio Castilho, um dos maiores criadores da raça no Brasil, entende que o Sindi é extremamente vantajoso justamente por sua docilidade e alta heterose quando cruzado com outro zebu, ou até mesmo com raças europeias. Além disso, sua dupla aptidão traz resultados ótimos quando se quer antecipar o abate, pois o leite produzido é utilizado para o ganho de peso dos bezerros, que chegam a ser desmamados com mais de 230kg.
O sindi produz muita carne e o rendimento da carcaça é extraordinário. Em nossos abates técnicos, em frigoríficos variados, percebemos aproximadamente 60% de rendimento, num animal com 100 dias de cocho, afirma Castilho.
No Semiárido nordestino, a raça Sindi, entre os bovinos, é que melhor se adapta.
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