sábado, 6 de setembro de 2014

Sem garantia de preço mínimo, produtores de feijão têm prejuízos

(Cynthia Vanzella)
O analista de mercado Marcelo Lüders falou ao Mercado & Cia, na última quinta, dia 4, sobre a situação dos produtores de feijão, principalmente do Estado do Paraná, afirmando que o anúncio de apoio do governo, que destinou R$ 10 milhões ao Programa de Aquisição de Alimentos nesta semana, é “uma gotinha no oceano”.
– Os R$ 10 milhões, sendo que custa R$ 95 a saca, equivalem a seis mil toneladas. Está muito longe de, pelo menos, 100 a 150 mil toneladas necessárias. Este ano, sobraram no Brasil entre 350 e 400 mil toneladas. Isso não é nada que venha afetar os preços – disse Lüders.
O analista avalia que os preços precisam mudar de patamar, para não causar um “prejuízo enorme aos produtores”, que estão “devolvendo o lucro que tiveram nos anos anteriores”.
A tendência é de que produtores reduzam a área, depois de um “ano terrível como esse”.
– Foi um ano de total abandono por parte do governo, o preço mínimo não foi honrado – reforça Lüders.
As primeiras pesquisas já apontam para uma intenção de plantio menor, em torno de 15%, conforme pesquisa da Secretaria de Agricultura do Paraná. Mas o analista diz que é preciso tomar cuidado com esta informação. A indicação é que o produtor antecipe o máximo possível sua colheita, ou atrase o máximo possível seu plantio, para fugir da concentração de produto no mês de janeiro.
– Diversificar é o que pode fazer diferença – orienta.
Na próxima semana está prevista uma reunião em Brasília, da Câmara Setorial do Feijão, para que seja cobrada uma ação do governo, que garanta o preço mínimo de R$ 95. (Canal Rural)

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