terça-feira, 29 de julho de 2014

O Leite: Uma Atividade Crescente na Região Central




O consumo humano do leite de origem animal começou a crescer rapidamente após o surgimento da agricultura e com este a domesticação do gado durante o chamado "ótimo climático". Este processo se deu em especial no Oriente Médio, impulsionando a Revolução Neolítica.9 O primeiro animal domesticado foi a vaca, e em seguida a cabra, aproximadamente na mesma época; finalmente a ovelha, entre 9000 e 8000 a.C..

Como se vê, o consumo do leite remota de muitos anos atrás e continua sendo em nossos dias o principal alimento na mesa dos humanos.
Antigamente aqui em nosso estado, quando se comprava queijo, o vendedor dizia em alto e bom som: olha o queijo de Caicó, ou então, olha o queijo de Riachuelo. Essa prática mudou e como mudou. Hoje o município de Angicos possui uma produção de queijos de alto teor, superior a Riachuelo e se aproximando de Caicó, que ainda é o principal polo queijeiro do estado. A que se deve a este incremento da produção de leite em Angicos: primeiramente a criação do programa do leite, um dos programas de sustentação alimentar de maior alcance social e a chegada da APASA, criada por abnegados produtores rurais da região, a qual podemos destacar, José Ideltrudes, um dos principais fundadores e seu primeiro presidente; Chico Torres, os Cassimiros, os Alves, os Pinheiros/Gonçalves, os Pereiras e uma série de produtores de municípios vizinhos,  como Afonso Bezerra, Pedro Avelino, Santana do Matos, Fernando Pedroza que acreditaram no projeto pioneiro na Região Central do Estado. A aquisição de matrizes e reprodutores bovinos, considerados leiteiros,aumentou significamente a produção leiteira na região. A APASA chegou a seu ápice, com a presença do seu atual presidente, Marcone Angicano,que sem dúvida, alavancou o projeto, incrementando a produção do precioso líquido, com uma administração voltada para o pequeno produtor rural e a modernização da industrialização da Empresa.
Hoje o município de Angicos é responsável pela produção de 12 mil litros de leite entregues diariamente na APASA, sem contarmos com as vendas nas diversa queijeiras do município e vizinhanças, como também a venda de leite inatura, uma prática muito usada em nossos dias. O leite caprino, que outrora não se cogitava para comercialização, engrossa a atividade, sendo Angicos, hoje, um dos grandes produtores do estado. Par se ter uma ideia, o município de Fernando Pedroza, não produzia leite nem para o consumo de sua população. Hoje temos a satisfação de dizer que produzimos  e entregamos a APASA, 2 mil litros de leite diários e aproximadamente 1 mil litros são vendidos diariamente inatura e ainda tem produtor que vende para queijeiras vizinhas. Para um município que não tinha vocação para a pecuária leiteira e sim para a pecuária de corte, significa muito para a sua economia. Sem dúvida, hoje, a principal atividade econômica de Fernando Pedroza e Angicos, é a produção de leite. Precisa urgentemente as áreas sociais desses dois municípios vizinhos, elaborar uma pesquisa de campo bem aprofundada, para se ter uma ideia da população envolvida na atividade leiteira e se faça um estudo documentado, bem elaborado a fim de que organismo governamentais como o Ministério da Agricultura, SEBRAE, órgãos de Assistências Sociais e de Extensão Rural, acreditem no nosso potencial e possam a oferecer programas que venham a beneficiar o nosso produtor rural. Assim espero. Assim desejo.
Anilton Souza-Professor e Pequeno Produtor Rural.

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