Chuvas que caem no litoral não chegam ao interior do RN
Tribuna do Norte – Como as chuvas de junho e julho concentraram-se mais na área litorânea, a coordenadora estadual de Gestão de Recursos Hídricos, Joana D’Arc Freire de Medeiros, admite que o problema de oferta de água no interior continua e pode se agravar depois que passar o chamado período invernoso, a partir de agosto: “No interior, até fica nublado, às vezes, mas não ocorrem precipitações pluviométricas”.Por ter chovido pouco no interior, a situação é preocupante na maioria dos 48 reservatórios monitorados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), como são os casos dos açudes Marechal Dutra (Gargalheiras), em Acari, que está com 7,74% de sua capacidade de armazenamento, e da barragem de Passagem das Traíras, em São José do Seridó, com 5,71%.
Os dois reservatórios podem armazenar, respectivamente, cerca de 44,4 milhões e 49,7 milhões de metros cúbicos de água, mas só estão com R$ 3,4 milhões/m³ (Gargalheiras) e 2,83 milhões/m³ (Passagem das Traìiras). Joana D’Arc Medeiros disse que desde o começo da seca, em 2012, a orientação da Semarh é de destinar o abastecimento de água somente para o consumo humano, principalmente na região semiárida.
No entanto, segundo ela, os grandes reservatórios de água, como a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, no Vale do Açu, que está com 41,91% de sua capacidade ou 1 bilhão/m³, ainda podem ser usados para a geração de riquezas, assim como a Barragem de Santa Cruz, em Apodi, que tem 46,92% de sua capacidade e Umari, em Upanema, com 46,88%: “Esses reservatórios ainda permitem a atividade produtiva”.
As barragens do RN
Armando Ribeiro (Assu) – 1,0 bilhão m/³ (41,91%)
Santa Cruz (Apodi) – 281,8 milhões m/³ (46,92%)
Umari (Upanema) – 137,27 milhões m³ (46,88%)
Gargalheiras (Acari) – 3,43 milhões m/³ (7,74%)
Passagem das Trairas (São José do Seridó) – 2,83 milhões/m³ (5,71%)
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