Uma forrageira de pouco uso mas muito resistentes aos períodos secos |
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Cratylia argentea, popularmente conhecida como camaratuba, é uma
leguminosa forrageira, perene, nativa do Cerrado, adaptada às condições
de seca e baixa fertilidade, capaz de manter-se verde durante todo o
ano. Além de servir como forragem, a planta melhora a fertilidade do
solo, ao aumentar a disponibilidade de nitrogênio e de matéria orgânica
no terreno. Pode ser empregada como adubo verde e ajudar na recuperação
de áreas degradadas.
Pesquisas
realizadas na Embrapa Milho e Sorgo têm analisado o desenvolvimento da
espécie: período e duração do florescimento, produção de sementes e de
massa vegetal. Testes de laboratório avaliam o potencial germinativo da
semente, bem como os componentes nutricionais das folhas.
Apesar
de se tratar de uma espécie do Cerrado brasileiro, é pequena a
disponibilidade de sementes, que chegam a ser vendidas a 30 dólares o
quilo, oriundas da Bolívia. Por isso, paralelamente às pesquisas, a
Embrapa realizou distribuição de sementes para multiplicação por
diversos parceiros: associações de produtores, agricultores familiares,
instituições de ensino e de pesquisa.
O
pesquisador Walter Matrangolo explica que a multifuncionalidade da
espécie motivou os trabalhos. “O produtor precisa de alimento para o
gado na época seca. A pastagem degradada não suporta a estiagem e o
custo da ração é alto. A camaratuba é uma alternativa importante. É
comum o produtor ter capineira, mas não se usa legumineira, muito
provavelmente por falta de informação”.
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da redação do Nordeste Rural |
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