sexta-feira, 28 de março de 2014

Uma forrageira de pouco uso mas muito resistentes aos períodos secos
A Cratylia argentea, popularmente conhecida como camaratuba, é uma leguminosa forrageira, perene, nativa do Cerrado, adaptada às condições de seca e baixa fertilidade, capaz de manter-se verde durante todo o ano. Além de servir como forragem, a planta melhora a fertilidade do solo, ao aumentar a disponibilidade de nitrogênio e de matéria orgânica no terreno. Pode ser empregada como adubo verde e ajudar na recuperação de áreas degradadas.
Pesquisas realizadas na Embrapa Milho e Sorgo têm analisado o desenvolvimento da espécie: período e duração do florescimento, produção de sementes e de massa vegetal. Testes de laboratório avaliam o potencial germinativo da semente, bem como os componentes nutricionais das folhas.
Apesar de se tratar de uma espécie do Cerrado brasileiro, é pequena a disponibilidade de sementes, que chegam a ser vendidas a 30 dólares o quilo, oriundas da Bolívia. Por isso, paralelamente às pesquisas, a Embrapa realizou distribuição de sementes para multiplicação por diversos parceiros: associações de produtores, agricultores familiares, instituições de ensino e de pesquisa.
O pesquisador Walter Matrangolo explica que a multifuncionalidade da espécie motivou os trabalhos. “O produtor precisa de alimento para o gado na época seca. A pastagem degradada não suporta a estiagem e o custo da ração é alto. A camaratuba é uma alternativa importante. É comum o produtor ter capineira, mas não se usa legumineira, muito provavelmente por falta de informação”.

da redação do Nordeste Rural

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