sexta-feira, 28 de março de 2014

Tem especialista falando que Brasil deve confinar 5 milhões de bois


Falei ontem à tarde com o Sergio Przepiorka, dono do boitel Chaparal, de Rancharia, interior de São Paulo. Todo satisfeito, ele me contou ter vendido boi gordo para o frigorífico ontem a R$ 129 a arroba. Ótimo preço. E mais: Sergio consegue um prêmio de R$ 3/arroba por conta da qualidade e da padronização da boiada que vai para o gancho.
Não à toa o boitel do Sergio tem expectativa de terminar até 45 mil animais neste ano contra 23 mil do ano passado. Isso é o dobro, meus caros leitores.
A pecuária de corte brasileira vive um período esfuziante. Exportações em alta acelerada, consumo interno aquecido estão empurrando para cima o preço da arroba. Na praça de Barretos (SP), hoje, a cotação emplacou R$ 126, segundo a Scot Consultoria. Para 30 dias, R$ 127.
E a tendência é o preço aumentar por conta de fatores como pasto seco a dificultar a engorda e à Copa do Mundo que vem aí. O preço de bezerros e matrizes explodem.
Confinamentos e boitéis vão ficando cheios. Já têm especialistas acreditando que pelo menos 5 milhões de cabeças serão fechadas na temporada. Eu tenho andado por aí e confirmado que a entrada de bois deverá superar até com certa facilidade o número de 2013, quando 3,3 milhões de bichos foram confinados. Muita gente me falou em 25% mais que em 2013, o que daria algo próximo de 4,2 milhões de animais.
Por sinal, nosso site dá destaque para a quantidade de cabeças abatidas no ano passado, que foi de 34,4 milhões. São robustos 10,6% sobre os 31,1 milhões de 2012.
Do lado do consumidor, porém, o cenário não é o mesmo. A alta da arroba já está se refletindo na cotação da carne nas gôndolas dos supermercados, com certeza. (Sebastião Nascimento)

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