terça-feira, 18 de março de 2014

Recomendações para sustentabilidade da agricultura no semiárido
O solo do semiárido brasileiro em função das constantes secas, da predominância de solos rasos e cobertura vegetal esparsa corre riscos de desertificação. A área ameaçada corresponde a quase um milhão de quilômetros quadrados - o equivalente a mais da metade da Região Nordeste e ainda o norte de Minas Gerais. Essas características tornam o solo da região mais vulnerável ao processo de degradação, aliado ao mau uso do solo nas áreas agrícolas.
Para preservar o solo, o agricultor deve adequar o sistema de cultivo para manter a maior quantidade possível de cobertura vegetal. O solo coberto com plantas durante o período chuvoso ajuda a reduzir os efeitos da erosão. Em áreas onde é feito o cultivo convencional com preparo do solo, as culturas de cobertura podem servir como adubo. Também conhecido como adubação verde, o cultivo de plantas de cobertura é uma das técnicas mais baratas e acessíveis de conservar o solo, pois aumenta a infiltração e retenção da água e a matéria orgânica, fatores importantes para melhorar a fertilidade e conservar o solo.
Além da adubação verde, outras técnicas de manejo e de conservação do solo recomendadas pela Embrapa para a região semiárida são adubação, calagem, cobertura do solo, rotação de culturas, cultivo em curvas de nível, plantio direto e terraceamento. Para o uso adequado de cada parcela da sua propriedade, o agricultor deve realizar o manejo e a conservação do solo e da água. “Esse manejo consiste em técnicas que devem ser adotadas em áreas de cultivo ou de pecuária, para reduzir os problemas causados pela erosão e a falta de retenção da umidade no solo, pois somente assim é possível sustentabilidade econômica e ambiental da agricultura na região semiárida”, explica o pesquisador João Henrique Zonta.
da redação do Nordeste Rural

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