A rainha das forrageiras pode ser plantada em várias regiões do mundo |
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Sua
característica de adaptação a diferentes tipos de clima e solo fez com
que se tornasse conhecida e cultivada em quase todas as regiões
agrícolas do mundo. É por isso que a alfafa é considerada a "rainha das
forrageiras" pelos norte-americanos. A planta tem alto valor nutritivo, e
pode produzir forragem tenra e de boa palatabilidade aos animais. Do
ponto de vista nutricional tem cerca de duas a quatro vezes mais
proteína bruta do que o trevo-branco (Trifolium repens) e a silagem de
milho (Zea mays).
A
alfafa (Medicago sativa) é uma leguminosa perene, pertencente à família
Leguminosae, subfamília Papilonoideae, originária da Ásia Menor e do
Sul do Cáucaso, que apresenta grande variedade de ecotipos. Foi a
primeira espécie forrageira a ser domesticada.
A
alfafa é muito nutritiva, apresentando importantes qualidades como
forrageira: proteína bruta = 22 a 25%, cálcio = 1,6%, fósforo = 0,26% e
NDT = 60%, níveis muito superiores aos de outras fontes de alimentos
habitualmente utilizados em nossa pecuária, como o milho (Zea mays), a
cana-de-açúcar (Saccharum sp.) e o capim-elefante (Pennisetum
purpureum).
Um
dos poucos problemas do cultivo da alfafa é o menor uso da forrageira
sob pastejo, em virtude de riscos de timpanismo provocado pela presença
de saponinas, que são substâncias antinutricionais para os ruminantes.
Todavia, os teores dessas substâncias em 28 cultivares adaptadas às
nossas condições (Crioula, Florida-77, P30, Moapa, CUF-101, BR2, etc.),
variaram de 1,78 a 0,78%, que, aliados à baixa solubilidade da proteína
bruta, não constituem fatores limitantes ao uso da alfafa sob pastejo.
Mundialmente,
a cultura da alfafa é mais freqüente nas regiões de clima temperado,
onde cobre área estimada em mais de 32 milhões de hectares (ha),
distribuída da seguinte maneira: no hemisfério Norte, Estados Unidos com
10.500.000 ha e a maior produção mundial, seguidos pela ex-União
Soviética, com 3.300.000 ha, pelo Canadá, com 2.500.000 ha, e pela
Itália, com 1.300.000 ha. No hemisfério Sul, o maior produtor e o
segundo em nível mundial é a Argentina, com 7.500.000 ha, seguida pela
África do Sul, com 300.000 ha, e pelo Peru, com 120.000 ha.
No
Brasil, a alfafa foi introduzida no Rio Grande do Sul, a partir do
Uruguai e da Argentina, apresentando no País área de apenas 26.000 ha, o
que não condiz com sua nobreza como planta forrageira. Nesse aspecto,
dentre os fatores que ainda dificultam sua expansão no Brasil,
destaca-se o pouco conhecimento, por parte de produtores, das exigências
da cultura quanto à fertilidade do solo, do manejo, e das práticas de
irrigação, e principalmente a limitada produção de sementes e a
inexistência de cultivares adaptadas às principais pragas e doenças, que
acompanham a alfafa em todo o mundo.
Atualmente,
verifica-se aumento da área plantada com alfafa nas regiões Sudeste e
Centro-Oeste, em função da crescente implantação de sistemas intensivos
de produção com bovinos de leite, o que, conseqüentemente, tem aumentado
a demanda por alimentos de alto valor nutritivo. A alfafa também já
começou a ser produzida em pequena quantidade, propriedades do Nordeste,
com uso de irrigação.
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da redação do Nordeste Rural |
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