segunda-feira, 10 de março de 2014

Novo conceito recomenda uma redução de proteínas na dieta de bovinos
Fazendo ajustes na dieta de bovinos e ovinos, é possível eliminar excessos, economizar e poluir menos o meio ambiente, sem perder os requisitos nutricionais necessários ao crescimento e à produtividade dos animais. Quem assegura tudo isso é um dos defensores do novo conceito, o pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste Alexandre Pedroso. Ele  aposta na redução do uso de proteínas na dieta de vacas em lactação.
 
Os testes feitos no sistema de produção de leite da Embrapa mostraram que em muitos casos é possível diminuir o teor de proteínas da dieta sem comprometer o desempenho do animal. O objetivo é aproveitar ao máximo o alimento ingerido pelo animal, aumentando a eficiência e reduzindo os impactos ambientais.
 
Na Embrapa Pecuária Sudeste, Alexandre fez um teste em 2012 num rebanho de 90 vacas em lactação, com produção média de 27 quilos de leite por vaca/dia. No período das águas, em que as vacas pastejam forragem de alta qualidade, foi possível diminuir a inclusão de fontes proteicas em 62 quilos por dia, aumentando o milho e reduzindo o farelo de soja. Isso representou uma economia de R$ 1,32 por vaca diariamente. No período, o dinheiro poupado totalizou R$ 24.870.
 
Com a experiência ficou comprovado que as vantagens não são apenas econômicas. Eliminar o excesso de proteína da dieta significa menos nitrogênio excretado pelos animais. O nitrogênio é o principal elemento das proteínas, além de potencialmente poluidor de águas e solos. Experimentos semelhantes têm sido relatados por importantes publicações científicas e técnicas nos Estados Unidos. Na prática, para saber se seu rebanho consome mais nutrientes do que o necessário, é preciso contar com o auxílio de um profissional capacitado em nutrição animal, para avaliar a dieta.
 
da redação do Nordeste Rural

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