segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Safra de manga no Vale do São Francisco vai crescer

manga-no-peA safra e exportação de manga no Vale do São Francisco, segundo levantamento dos especialistas, deve crescer 20% se comparada ao colhido no ano passado. A colheita de manga no polo Juazeiro-Petrolina está no início, mas a previsão é de bons resultados. Os agricultores irrigantes dos projetos públicos de irrigação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) estão confiantes de que a safra será 20% maior que a de 2015.
A fruta colhida no Submédio São Francisco abastece grandes centros consumidores no Brasil, além de Estados Unidos, países europeus e asiáticos. No ano passado, a produção na região chegou a mais de 308 mil toneladas, atingindo um volume bruto de produção de R$ 401,5 milhões. “Essa previsão de aumento deve-se a estabilidade da cultura. Tínhamos muitas áreas plantadas que ainda não estavam em plena produção, mas nesse ano estão alcançando a sua produção total. Com certeza, em 2017 vamos aumentar mais ainda a produção devido a essas novas áreas”, avalia Valter Matias de Alencar, gerente-executivo do Distrito de Irrigação Maniçoba, localizado em Juazeiro, na Bahia.
Os projetos públicos de irrigação de Juazeiro-Petrolina responderam por cerca de 90% da produção de manga nos projetos irrigados da Codevasf em 2015, mas o cultivo da fruta se destaca também nas áreas de abrangência da Companhia em Montes Claros (MG) e Bom Jesus da Lapa (BA), marcando presença em 13 projetos públicos de irrigação geridos pela empresa, além daqueles do Sistema Itaparica – conjunto de dez projetos públicos de irrigação, entre Pernambuco e Bahia, criados pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e administrados pela Codevasf. Juntas, essas áreas produziram, em 2015, cerca de 342,9 mil toneladas de manga, numa área cultivada de 16,3 mil hectares, totalizando um valor bruto de R$ 447,9 milhões.

Para os produtores, outro fator que contribuiu para o aumento da produção foram as condições naturais. “Neste ano, temos um diferencial que é a questão da temperatura. O clima está favorecendo muito a produtividade. No ano passado, devido à seca a manga floresceu, mas não frutificou. Houve muita perda por causa das altas temperaturas”, explica Josival Santos Barbosa, vice-presidente do Instituto da Fruta e produtor no projeto público de irrigação Curaçá, em Juazeiro (BA).

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