segunda-feira, 16 de setembro de 2019

boi no pastoVários setores da economia utilizam derivados do boi como matéria prima. Além do uso comum na cozinha, muita gente não sabe o que pode ser feito com várias partes do boi. Uma campanha publicitária da Associação dos Criadores de Mato Grosso – Agrimat – resolver desvendar esse mistério e tem muita gente se surpreendendo com o resultado. A campanha chama-se ‘Do boi, só não se aproveita o berro”, as peças mostram a quantidade de mercadorias produzidas a partir de derivados bovinos. Um dos posts destaca que com a gordura, uma das partes mais aproveitadas do boi, o homem pode fabricar de chiclete a velas, passando por detergentes, giz, explosivos, fósforos, borracha e medicamentos.
“O número de utilidades que conseguimos extrair de uma parte do bovino, como a gordura, é incrível. Além dos citados, podemos fazer amaciantes de roupa, óleos e lubrificantes, fogos de artifício, desodorante, creme de barbear, perfume, cosméticos, cremes e loções, pintura, biodiesel, plásticos, impermeabilizantes, cimento, cerâmicas, fertilizantes, anticongelantes, isolantes, linóleo, borracha e têxteis, tudo isso a partir da gordura bovina”, diz o presidente da Acrimat, Marco Túlio Duarte Soares.
Só com a gordura a indústria consegue produzir 28 objetos, com diferentes usos. Utilizando outras partes, como ossos e couro, esse número sobe para mais de 100. “Os derivados bovinos servem para outros fins. Vamos pegar o couro como exemplo. Além da utilização óbvia para a confecção de sapatos, cintos, bancos de automovéis e roupas, o couro dá origem à gelatina neutra que será usada na indústria alimentícia, na fabricação de chiclete, suspiros, iogurtes, sorvetes, etc”, informa o diretor técnico da Acrimat, Francisco Manzi.
Na indústria farmacêutica, essa gelatina é utilizada em cápsulas duras ou moles, comprimidos, óleos, esponjas medicinais e outros. Além disso, ela produz a gelatina fotográfica, usada em filmes de artes gráficas, papéis fotográficos e filmes radiológicos. A gelatina hidrolisada é utilizada em cosméticos, dietéticos, bebidas, alimentos líquidos e em outros processos químicos, enquanto a gelatina industrial é usada na fabricação de adesivos, abrasivos, fósforos e outros.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), só em agosto de 2019 o Brasil exportou 37,2 mil toneladas de couros. Na comparação com o mês anterior houve alta de 21,4% no volume embarcado. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a alta foi de 8,3%.

O Brasil conta com posição de destaque no mercado coureiro: é o segundo maior exportador do mundo. Do total produzido, 70% é destinado ao mercado externo. Dos 30% destinados ao mercado interno, 20% é utilizado apenas na indústria do calçado

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