Adubação com compostagem laminar é melhor do que adubação química
A adubação do coqueiro-gigante do Brasil realizada com esterco e resíduos vegetais demonstrou resultados de produção e ambiental superiores quando comparada com a adubação química exclusiva. Os dados foram obtidos após três anos de estudos realizados por pesquisadores e técnicos da Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Sergipe, no Campo Experimental de Itaporanga D´Ajuda, sul do Estado.A adubação realizada, indicada pelos pesquisadores para pequenas propriedades, é a compostagem laminar, prática desenvolvida para cobertura do solo na área circular ao redor da planta, conhecida como zona do coroamento, utilizando resíduos de culturas existentes na propriedade rural. A técnica assemelha-se ao processo que ocorre naturalmente em uma floresta: o solo é coberto por camadas de resíduos em diversos estágios de decomposição. Essa técnica contribuiu para o bom desenvolvimento da planta e aumento da produtividade com baixa utilização de insumos químicos.
Os pesquisadores compararam a compostagem laminar com outros três tipos de tratamentos: adubação química (na qual são aplicados nitrogênio, fósforo e potássio), húmus de minhoca e a compostagem laminar mais húmus de minhoca. Nos quatro tratamentos foi feita uma adubação inicial, com base na análise de solo, que consistiu em 1,5 kg de ureia, 1 kg de superfosfato simples, 1 kg de cloreto de potássio e 2 kg de calcário dolomítico.
Os pesquisadores também analisaram o desenvolvimento do sistema radicular das plantas. Os resultados mostraram que também nesse aspecto a compostagem laminar favoreceu o aprofundamento e a expansão lateral das raízes tanto na superfície quanto nas camadas mais inferiores do solo.
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