Como ficam as chuvas nesta segunda metade de janeiro?
Confira o levantamento das chuvas ocorridas e a previsãoAntes de entrarmos nas perspectivas das chuvas para a segunda metade de Janeiro, partimos da análise dos volumes que ocorreram na primeira quinzena do mês. Os dados observados pelo hidroestimador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que as chuvas ficaram acima da média em vários pontos do país.
E o destaque para essas chuvas abundantes, ocorrem sobre a faixa noroeste sudeste do território nacional, justamente onde os corredores de umidade ficaram mais ativos nas últimas semanas.
São observados pontos de anomalia positiva (mais chuva do que o esperado para o período) no oeste do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, leste do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Pará, Roraima, Amapá e Amazonas.
Apesar do registro indicar áreas com chuvas acima da média, a distribuição desses excedentes foi muito irregular, exceto sobre Minas Gerais e Goiás, onde praticamente toda área do estado indica anomalias positivas.
Já nas estações monitoradas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), os maiores registros de chuvas ao longo dos últimos 15 dias em todo o país foram:
409.80 mm - IPATINGA - BOM RETIRO MG
410.80 mm - MARIANA - CENTRO MG
411.40 mm - CARMOPOLIS DE MINAS - CENTRO MG
421.20 mm - IPATINGA - BOM JARDIM MG
421.40 mm - PIRANGA - ROSÁRIO MG
423.00 mm - PCH PIEDADE BARRAMENTO MG
429.20 mm - IPATINGA - LIMOEIRO MG
430.00 mm - NOVA FRIBURGO - RIO GRANDINA RJ
440.40 mm - UHE ITAIPU PONTE DO CAPANEMA PR
450.75 mm - PCH PIPOCA MONTANTE MG
473.40 mm - TRES CORACOES - JARDIM AMÉRICA MG
543.70 mm - PCH PAES LEME BARRAMENTO MG
552.20 mm - MOCIDADE RR
583.40 mm - PCH CONGONHAL I BARRAMENTO MG
589.20 mm - UHE FURNAS BARRAMENTO MG
690.00 mm - PCH ARS MONTANTE MT
745.00 mm - UHE SOBRADINHO MONTANTE 3 BA
761.50 mm - PCH ROCHEDO MONTANTE 1 GO
826.00 mm - PCH ARS JUSANTE 2 MT
880.00 mm - PCH ARS JUSANTE 1 MT
Consulta realizada em 16 Janeiro às 09h30.
A previsão para os próximos dias mostra, a manutenção das instabilidades nesta faixa central do país, com a possibilidade de um novo episódio da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)
Sul
A previsão indica chuvas irregulares, sobretudo no RS, com indicativos de menos de 20 mm na parcela central do estado. Em SC e PR, chove bem, com acumulados entre os 70 a 220 mm. Apesar dos volumes interessantes até o final deste mês, muitas dessas chuvas serão na forma de tempestades isoladas, indicando assim uma grande irregularidade nos volumes, mesmo em áreas pequenas.
Sudeste
As projeções indicam que os corredores de umidade seguirão ativos na região, mantendo assim um cenário de chuvas persistentes. Há indícios de mais de 250 mm em áreas ao norte de SP e na grande região de Belo Horizonte. Por outro lado, no nordeste do estado mineiro, a maior influência será de uma massa de ar seco que atua no Nordeste brasileiro.
Centro-Oeste
A perspectiva é de chuvas recorrentes sobre a região, muito em função do corredor de umidade que traz as condições de chuvas da floresta tropical para o centro-oeste. Com essa maior quantidade de umidade, a tendência será de dias com grande variação de nebulosidade e chuva intermitentes. Os maiores volumes podem ser registrados no Bolsão Sul-Matogrossense com pontuais de até 250 mm.
Nordeste
As simulações indicam o surgimento de novos episódios do Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) na região. Com isso, há um favorecimento das chuvas sobre as principais regiões produtoras do MA, PI, BA e CE, com indicativos de até 250 mm sobre o MA e mais de 150 ao norte do CE. Ao mesmo tempo, o tempo fica mais seco na metade norte do Agreste, com poucas ou nenhuma chuva.
Norte
Seguindo um comportamento típico da época do ano, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), promove o aumento das chuvas sobre o AP e norte do PA. Já no estado de RR, com a maior intensidade dos ventos de nordeste, o tempo pode ficar seco no setor da capital Boa Vista. Nas demais regiões, as chuvas seguem o padrão de trovoadas passageiras, mas com uma boa distribuição e ocorrência ao longo das próximas semanas.
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