domingo, 1 de janeiro de 2023

 


Mapa mostra as variações de temperatura no Oceano Pacífico que determinam a ocorrência de La Niña
Mapa mostra as variações de temperatura no Oceano Pacífico que determinam a ocorrência de La Niña NOAA/Via: MetSul

O mês de janeiro ainda deve ser marcado pela influência da La Niña sobre o clima no Brasil. Ainda que de forma mais amena, já que o pico de intensidade foi verificado no mês de outubro. De acordo com a MetSul, o verão começou com a atuação do fenômeno climático, mas a tendência é de não persistir até o fim da estação e chegar à estabilidade (sem La Niña ou El Niño).

Em boletim divulgado pela internet, o meteorologista da MetSul, Luiz Nachtigall explica que o clima no Brasil sob La Niña, principalmente na região Sul, é complexo, a depender da área do oceano Pacífico onde é verificada a anomalia de temperatura nas águas. De forma geral, assim como nos últimos dois anos, janeiro de 2023 deve começar com irregularidade no regime de chuvas, com variabilidade de volumes de chuva a depender da região.

No Sul, os maiores volumes de chuva devem se concentrar sobre Santa Catarina e Paraná. No Rio Grande do Sul, deve chover mais em janeiro do que em dezembro. Mas, ainda assim, muitos pontos do Estado devem ter precipitações abaixo da média, especialmente no oeste, centro e o sul. No norte gaúcho, deve chover um pouco mais, mas ainda de forma irregular.

“O mês começa com chuva mais irregular do que o normal com valores abaixo das médias históricas e déficit de precipitação em muitas áreas. Em algumas regiões gaúchas, o milho e a soja se ressentem da falta de chuva abundante e já há quebra”, diz Nachtigall.

Já para o Centro-oeste e o Sudeste, a previsão é de chuvas próximas ou até mesmo acima da média em grande parte das regiões. De acordo com a MetSul, as áreas de maior risco são Minas Gerais e o interior de São Paulo. No Rio de Janeiro e no Espírito Santo, estão previstos temporais isolados.

“Mesmo que algumas áreas do Sudeste e Centro-oeste terminem o mês com chuva abaixo da média, e não serão muitas, isso não significa que faltará chuva”, ressalta o meteorologista, pontuando que, historicamente, os volumes médios já são elevados nas duas regiões.

mapa-chuva-sul-sudeste — Foto: MetSul

mapa-chuva-sul-sudeste — Foto: MetSul

Temperaturas acima da média

Ainda conforme a MetSul, grande parte do Sul, Sudeste e Centro-oeste do Brasil deve registrar temperaturas em torno do normal ou até mesmo acima das médias. No Rio Grande do Sul, a situação deve ser vista principalmente no oeste e sul do Estado. No geral, a primeira semana do mês ainda deve ser mais amena. Nas semanas seguintes, tende a esquentar mais.

No Sudeste, a umidade alta, aliada às temperaturas mais elevadas, deve trazer dias abafados e com maior propensão para temporais isolados.

“Os modelos de clima estão em razoável acordo que a maioria das áreas do Sudeste deverá ter temperatura pouco acima ou acima da média histórica, o que, com a umidade alta, significará dias de grande abafamento e com maior propensão para temporais isolados com excessivos a extremos acumulados de chuva em curto período”, diz o meteorologista.

Mapa mostra previsão de temperatura para janeiro no Sul e Sudeste — Foto: MetSul

Mapa mostra previsão de temperatura para janeiro no Sul e Sudeste — Foto: MetSul

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