segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Urbanista afirma que é possível conectar florestas e cidades em trabalho colaborativo

“Só assim nós, arquitetos e cientistas florestais, seremos capazes de melhorar a vida da população”, afirmou Maria Chiara Pastore, arquiteta e urbanista na plenária "Floresta para pessoas", realizada nesta quarta-feira (2 de outubro) no XXV Congresso Mundial da União Internacional de Organizações de Pesquisa Florestal (IUFRO), realizado até 5 de outubro, em Curitiba (PR).
Segundo Pastore, o crescimento da população urbana está relacionado, direta e indiretamente, com o desmatamento das florestas.
“Seja para produção de alimentos, seja pelas mudanças climáticas. Apenas 3% da superfície da Europa é ocupada por cidades, que consomem 70% da energia gerada. Cidades são a causa da mudança climática e ameaçam a vida das florestas. Por outro lado, os centros urbanos estão em risco devido aos efeitos das mudanças climáticas.
A proposta de Pastore é aumentar o número de árvores nas cidades por meio da criação de parques, corredores e prédios verdes e dessa forma reduzir as ilhas de calor.
“Existe espaço para aumentar o dossel das árvores e termos verdadeiras florestas urbanas”, declarou.
Pastore é professora e pesquisadora da Politécnica di Milano e uma das autoras do livro Re-interpreting the Relationship Between Water and Urban Planning: The Case of Dar es Salaam e tem realizado consultorias para arborizar diversas cidades, tais como Tirano (Albânia) e Milão (Itália).
“Até 2026, quando serão realizadas as Olimpíadas de Inverno, Milão deverá estar com 200 mil novas árvores", afirma.
A plenária "Florestas para pessoas"  foi presidida pelo vice-presidente da IUFRO, Björn Hannel e contou com a palestra da antropóloga Purabi Bose.
O XXV Congresso Mundial da União Internacional de Organizações de Pesquisa Florestal (IUFRO) é promovido pela Embrapa, Serviço Florestal Brasileiro e IUFRO.
Embrapa Florestas

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