quinta-feira, 21 de abril de 2016

Pesquisadores avaliam impactos da seca


Paulo de Araújo/MMA
Semiárido: tema as pesquisas
Com foco na América Latina, reunião do Euroclima debate mecanismos para reduzir a pobreza das populações que sofrem com a desertificação.


Pesquisadores da América Latina e da União Europeia estão reunidos em Campina Grande (PB) para discutir os impactos socioeconômicos da seca nos países latino-americanos. O objetivo da 2ª Reunião do Euroclima, que acontece no Instituto Nacional do Semiárido do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Insa/MCTI), é promover o intercâmbio entre a política, a investigação científica e a aplicação de metodologias para monitorar e mitigar os efeitos da desertificação, da degradação da terra e da seca na América Latina.
O evento, que começou nessa segunda-feira (18) e segue até sexta (22), tem como objetivo a capacitação e o desenvolvimento de redes regionais de investigação sobre os processos climáticos da América Latina. Representantes de 18 países oriundos de institutos de pesquisa científica, universidades e agências que desenvolvem estudos sobre secas e processo de desertificação na América Latina e Caribe, e representantes governamentais participam do evento.
Acompanhe a reunião ao vivo
PARTICIPANTES
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) está representado pelo diretor de Desenvolvimento Rural e Combate à Desertificação, Francisco Campello. Na abertura, Campello destacou a importância do encontro por permitir a articulação entre a sociedade civil, a área da pesquisa científica e os ministérios governamentais, como o MMA, cuja missão está focada no apoio a políticas públicas, procurando absorver essas reflexões e fazer com que retornem para a população que vive no semiárido brasileiro.
“Uma situação interessante no Brasil é que, de fato, tratamos a questão das mudanças climáticas e da desertificação associada à realidade de como esse processo ocorre nas particularidades dos territórios do semiárido brasileiro. Temos a estratégia de implementação das ações que possam estabelecer relações de convivência adequada e sustentável nesse ambiente, numa situação que procura trazer o conhecimento científico associado ao conhecimento das pessoas que nele vivem”, destacou ele.

Durante o encontro, serão discutidos os resultados dos Estudos de Caso do Programa Euroclima, que apresentam uma análise recente e oferecem alternativas para a gestão de problemas relacionados à vulnerabilidade socioeconômica, à implementação de um sistema de monitoramento e avaliação da seca na América Central e Cuba, e aos efeitos da seca e degradação dos solos na migração das comunidades rurais da América Latina e Caribe.

SAIBA MAIS
O Euroclima é um programa de cooperação entre a União Europeia (UE) e a América Latina, com foco nas mudanças climáticas. Fazem parte do programa 18 países representados por institutos de pesquisa científica, universidades e agências que desenvolvem pesquisas sobre seca e desertificação na América Latina.
Essa rede de pesquisas tem o objetivo de facilitar a integração de estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas nas políticas públicas e nos planos de desenvolvimento regional. As pesquisas do Euroclima são direcionadas para contribuir com a redução da pobreza na América Latina e promover oportunidades de crescimento econômico em conjunto com a preservação do ambiente.
A 2ª Reunião do Euroclima é organizada pelo Centro Comum de Investigação (JRC, na sigla em inglês) da Comissão Europeia, em parceria com o Insa/MCTI e o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

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