sexta-feira, 1 de abril de 2016

 Pesquisadora alerta que Juazeiro da Caatinga está fortemente ameaçado por praga


Juazeiro atingido pelos fitófagos no Cariri paraibano
O juazeiro, uma das mais importantes e bem distribuídas espécies nativas do Semiárido brasileiro, encontra-se seriamente ameaçado por uma praga de fitófagos (invertebrados que se alimentam de vegetais e atingem diretamente a seiva da planta). A afirmação é da pesquisadora Alecksandra
Vieira de Lacerda, do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, da Universidade Federal de Campina Grande (CDSA/UFCG), com base em resultados de pesquisa realizada com população de juazeiros dos ecossistemas da microrregião do Cariri Ocidental paraibano. A pesquisadora que coordena o Laboratório de Ecologia e Botânica do CDSA e lidera o Grupo de Pesquisa em Conservação Ecossistêmica e Recuperação de Áreas Degradadas executou, com sua equipe, um rastreamento e coleta de várias amostras de juazeiros para análise e identificação das causas e consequências do ataque dessa praga. Já foram realizadas a coleta e análise de 70% das amostras de juazeiros do Cariri Ocidental e encontra-se em fase de conclusão os 30% restantes. Denominado cientificamente de Ziziphus joazeiro Mart., o juazeiro pertence à família botânica Rhamnaceae, apresenta-se como árvores de 4 a 5 metros altura, possui espinhos com ramos tortuosos, castanhos a acinzentados; as folhas são ovais e as flores são pequenas com pétalas em formato de conchas. O fruto é de coloração amarelo pardo, sendo comestível, doce, com elevados teores de vitamina C e com uma única semente. Impactos da praga Os fatores de frequência do ataque dos fitófagos em relação à população de juazeiros indicam uma forte preocupação com esta espécie dos sistemas ecológicos do Semiárido. “Estamos apreensivos com os fatores que ocasionam um claro desequilíbrio nas relações planta-animal dos ecossistemas, os quais estão atingindo e podendo levar à redução da biodiversidade e das respectivas escalas de produção econômica dependentes dos recursos biológicos”, reflete a pesquisadora.

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