terça-feira, 28 de julho de 2020

O Ceará começa a recuperar a produção de algodão com ajuda da Ciência

Hoje, com novas cultivares desenvolvidas pela pesquisa, manejo moderno, apoio de assistência técnica rural e incentivo de grandes empresas têxteis, o estado do Ceará estabeleceu bases para a ampliação sustentável da produção da pluma nos próximos anos. E começa agora, quando se prepara para colher uma área plantada de aproximadamente dois mil hectares de algodão a partir deste mês de julho. A previsão é que seja colhida o equivalente ao dobro da safra anterior.
O resultado é da segunda safra do Programa de Implantação da Cultura do Algodão no Ceará, que trouxe frutos que vão além dos capulhos de algodão. Traumatizados com o bicudo-do-algodão, que devastou plantações há mais de duas décadas, muitos produtores abandonaram a cultura.  Para o coordenador do Programa, Euvaldo Bringel, o Ceará vive momentos especial para a cultura do algodão. “Os resultados nos deixam muito otimistas. Já temos mais de dois mil hectares legalizados na Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri) e empresas em processo de implantação para produzir a semente necessária para atingirmos 30 mil hectares de algodão no estado, nos próximos anos, gerando emprego e renda com a cultura mais resistente à seca entre as tradicionais, e agora com tecnologia de convivência com as pragas”, comemora o coordenador.
Outro ponto que favorece esse avanço é o fato de o estado abrigar um forte polo têxtil, o que reduz os custos de transporte. Segundo o Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral no Estado (Sinditêxtil), o Ceará é o terceiro maior polo nacional, com um dos mais modernos parques tecnológicos do País, mão de obra com aptidões naturais, localização estratégica para as exportações e infraestrutura aeroportuária, que contribuem para o aumento de competitividade da cadeia têxtil cearense. Estão no estado grandes companhias do setor como Vicunha, Unitêxtil, TBM e Santana Textiles.

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