terça-feira, 11 de julho de 2017

Projeto quer estimular melhoramento genético do rebanho entre pequenos criadores



A Emater-RN mostrou interesse em ser uma das instituições parceiras em um projeto-piloto no Rio Grande do Norte, que pretende disponibilizar sêmen de bovinos puros de origem a pequenos criadores do estado e, com isso, estimular o melhoramento genético dos rebanhos e aumentar a produção de leite.
A diretora geral da Emater-RN, Cátia Lopes, conheceu esta manhã a Central de Coleta e Processamento de Sêmen (CCPS) Bom Princípio, localizada no município de São Pedro. A central é especializada em congelamento de sêmen no Rio Grande do Norte e foi certificada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 2009 para atuar com bovinos e bubalinos e, a partir de 2016, com ovinos e caprinos.  A Central é a única do Nordeste a desenvolver esse trabalho e possui grandes criadores da região como clientes na aquisição de sêmen bovino, em especial.
A CCPS é conduzida pelo médico veterinário Helvécio Martins, que propôs à Emater-RN uma parceria para aumentar a prática da inseminação artificial entre os pequenos produtores do Rio Grande do Norte. Hoje, foram doadas 600 doses de sêmen bovino para iniciar o processo. A ideia é incluir outras instituições nessa parceria, como a Emparn, a UFRN, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Associação Norte-rio-grandense de Criadores (Anorc).
O médico veterinário explicou que a propriedade foi totalmente adaptada para a atividade, seguindo as normas exigidas pelo Mapa. O material colhido deve pertencer a touros puros de origem, sem doenças de origem genética e ter melhor aptidão produtiva. Após um período de quarentena, que detecta ou descarta a presença de doenças transmitidas pelo sêmen, os animais recebem uma certificação nacional de doadores. Segundo o especialista, um touro considerado bom doador, fornece entre 4 e 6 mililitros de sêmen por ejaculação. Essa quantidade pode se transformar em até 300 doses.
Com a parceria entre a Central e o poder público, o médico espera garantir maior rusticidade e produção nas gerações bovinas futuras, também favorecendo o aumento na produção de leite, de derivados, e possibilitar uma integração entre as instituições. A UFRN, por exemplo, possui um projeto elaborado através do CNPq para a fabricação de nitrogênio líquido fornecido a baixo custo, o que pode facilitar a disseminação da inseminação artificial, já que o material é indispensável para a conservação do sêmen coletado.
De acordo com Cátia Lopes, a Emater-RN ajudará a formatar o projeto e estimulará a participação das demais instituições, de forma que os pequenos criadores sejam os maiores beneficiados. “Acredito na parceria para criarmos uma rede de inseminação disponível para todos os municípios do Rio Grande do Norte”, comentou a gestora.

Nenhum comentário: