Incentivo ao uso do moirão vivo para construção de cercas |
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A
tecnologia do moirão vivo é uma alternativa ao uso da madeira para a construção
de cercas. Além de ter um alto custo, o moirão feito a partir de madeira de lei
gera impacto ambiental negativo, por estimular o desmatamento e ameaçar ou
acarretar o desaparecimento de diversas espécies, como a aroeira e a braúna,
que correm risco de extinção. O uso de madeiras menos nobres, como o eucalipto
tratado com produtos químicos, também é uma realidade, mas seus custos são
elevados.
O
moirão vivo prevê a utilização, nas cercas permanentes, de estacas de
gliricídia ou eritrina, que têm a capacidade de enraizar e brotar,
transformando-se em árvore. Além da redução da pressão sobre as florestas para
a obtenção de moirões, as espécies utilizadas nessa tecnologia apresentam
vantagens, como a adubação do solo a partir da introdução de nitrogênio
proveniente do ar pela queda das folhas, e também forragem e sombra para o
gado, néctar e pólen para as abelhas. Ou seja, representa uma mudança de
atitude em busca de mais sustentabilidade.
O estimulo
aos agricultores familiares com tecnologias e conhecimento a respeito de temas
que podem fazer diferença em seu dia a dia é uma das missões da Escolinha de
Agroecologia de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, da qual a Embrapa Agrobiologia também
é parceira. A orientação é feita pelo pesquisador Alexander Resende e o
bolsista Elson Barbosa: "Ao invés de cortar uma árvore para fazer um
moirão de cerca, a gente incentiva o plantio", explica Alexander.
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