segunda-feira, 16 de junho de 2014

Incentivo ao uso do moirão vivo para construção de cercas
A tecnologia do moirão vivo é uma alternativa ao uso da madeira para a construção de cercas. Além de ter um alto custo, o moirão feito a partir de madeira de lei gera impacto ambiental negativo, por estimular o desmatamento e ameaçar ou acarretar o desaparecimento de diversas espécies, como a aroeira e a braúna, que correm risco de extinção. O uso de madeiras menos nobres, como o eucalipto tratado com produtos químicos, também é uma realidade, mas seus custos são elevados.
O moirão vivo prevê a utilização, nas cercas permanentes, de estacas de gliricídia ou eritrina, que têm a capacidade de enraizar e brotar, transformando-se em árvore. Além da redução da pressão sobre as florestas para a obtenção de moirões, as espécies utilizadas nessa tecnologia apresentam vantagens, como a adubação do solo a partir da introdução de nitrogênio proveniente do ar pela queda das folhas, e também forragem e sombra para o gado, néctar e pólen para as abelhas. Ou seja, representa uma mudança de atitude em busca de mais sustentabilidade.
O estimulo aos agricultores familiares com tecnologias e conhecimento a respeito de temas que podem fazer diferença em seu dia a dia é uma das missões da Escolinha de Agroecologia de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, da qual a Embrapa Agrobiologia também é parceira. A orientação é feita pelo pesquisador Alexander Resende e o bolsista Elson Barbosa: "Ao invés de cortar uma árvore para fazer um moirão de cerca, a gente incentiva o plantio", explica Alexander.

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