Chuvas podem comprometer produtividade do milho em MT
Maior produtor brasileiro de safrinha terminou plantio com atraso.
Agora, apreensão é quanto ao regime de chuvas nos próximos meses.
Plantio de milho foi encerrado em MT após atraso
(Foto: Leandro J. Nascimento/G1)
Olhares atentos para o desenvolvimento das lavouras de milho segunda
safra em Mato Grosso. Com o plantio dos quase 3 milhões de hectares
(2,9 milhões ha) da temporada 2013/14 já concluído, a apreensão é que o
regime insuficiente de chuvas interfira no ritmo de crescimento das
plantas.(Foto: Leandro J. Nascimento/G1)
O cenário é o oposto ao registrado durante a semeadura, quando o excesso de precipitação fez o cultivo ser concluído com atraso e um mês após o encerramento da janela ideal de semeadura.
Em relatório semanal divulgado nesta terça-feira (22), o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), diz que "as chuvas que prejudicaram os trabalhos no campo no primeiro trimestre do ano podem prejudicar o desenvolvimento do milho nos próximos três meses”. No entanto, a perda pode se dar em função da escassez e não mais com o excesso.
"Apesar de ser normal para o Estado apresentar volumes de chuvas reduzidos a partir de meados de abril, tal fato pode prejudicar a produtividade, que já tem projeção inferior à das duas últimas safras, com média estimada atualmente em 85,4 sacas por hectare no Estado", elenca o Instituto.
Para os analistas, "as chuvas podem ser decisivas para a produtividade do cereal mato-grossense nesta safra". A citação faz referência às previsões de tempo já estabelecidas para o Estado.
Segundo a Somar Meteorologia, para as próximas duas semanas a média de chuvas deve ficar acima de 20 milímetros/semana. Já para a segunda semana de maio, o volume médio semanal deve ficar próximo de 5 milímetro, diz ainda o Imea em seu boletim semanal.
"Até lá, estima-se que cerca de 99,8% do milho se encontrará pendoado, 45,9% em fase de enchimento de grãos e 7,8% em fase de maturação", descrevem os analistas.
Nesta nova safra a previsão é de colher 15,2 milhões de toneladas. O volume é 32,42% menor se comparado a resultado de 2012/13, quando foram 22,5 milhões de toneladas.
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