segunda-feira, 8 de abril de 2019

Pesquisadores vão trabalhar na busca por mais eficiência da produção de cana no nordeste

produção de canaO tema da produtividade e longevidade dos canaviais nordestinos associado aos recursos hídricos e à gestão sustentável da água nesta região que já convive com períodos cíclicos de seca foi iniciado durante visita de dirigentes de entidades agroindustriais sucroenergéticas na Embrapa Cerrados – unidade especializada em irrigação para a agricultura. Para maior conhecimento na atualização de técnicas neste segmento, os presidentes da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Alexandre Andrade Lima, e do Sindicato das Indústrias do Álcool e Açúcar do estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha conheceram as instalações da unidade e saíram animados do local.
O governo federal tem defendido como prioridade ações sobre este tema no Nordeste. A ministra da Agricultura, Teresa Cristina, esteve em vários estados nordestinos este ano, inclusive em uma usina sucroenergética na Paraíba, onde reafirmou a meta do governo Bolsonaro com a irrigação da agricultura na região. Ela inclusive esteve em Alagoas, visitando uma usina cooperativada de fornecedores de cana (Pindorama). “Desse modo, a contribuição da Embrapa, empresa federal de excelência na pesquisa agrícola, é indispensável, sendo a irrigação um dos principais fatores que poderá dobrar a produção canavieira do NE, que hoje é de 47 milhões de toneladas, bem como elevar a longevidade da cana de 5/6 anos para 12,”, disse Andrade Lima, numa demonstração de incentivo aos pesquisadores da Embrapa Cerrados para este desafio.
A unidade da Embrapa, representada pelo pesquisador em Recursos Hídricos e Irrigação, da Superintendência de Articulação Internacional do órgão, confirmou a visita da entidade nos canaviais do Nordeste. Os estados e locais específicos ainda não foram definidos, mas a vinda dos pesquisadores deve ocorrer ainda neste semestre. O objetivo da visita dos pesquisadores ao Nordeste é para que conheçam adequadamente os canaviais (solo, clima, topografia e outras questões técnicas) de modo a contribuir no desenvolvimento de estudos e projetos de irrigação com foco no aumento da produção sustentável da cana e dos seus derivados alimentar (açúcar) e energético (etanol e bioenergia), que atribui à cana uma cultura avançada frente à multifuncionalidade agrícola – um novo paradigma cada vez mais potencializado em todo o planeta.
O governo de Pernambuco e outros governadores do Nordeste analisam inclusive a viabilidade da implantação de um projeto para a irrigação dos canaviais (Água do Norte) desenvolvido pelo consultor do setor sucroenergético da região, Gregório Maranhão. Consiste em micro e pequenas barragens nos engenhos de cana, evitando o desperdício das águas das chuvas na estação chuvosa na Mata nordestina, sendo utilizadas no restante do ano.

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