Em visita ao Vale do São Francisco, Tereza Cristina conhece demandas do setor produtivo
Durante
visita nesta segunda-feira (15) ao polo de fruticultura de Petrolina
(PE) e Juazeiro (BA), no Vale do rio São Francisco, a ministra da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, recebeu uma
série de demandas do setor produtivo e se comprometeu a contribuir para o
crescimento da produção e da exportação de frutas da região.
A programação teve início com uma reunião no Sindicato Patronal Rural de Petrolina, em que foram ouvidos representantes dos setores da fruticultura, avicultura, pecuária e produção de cana-de-açúcar. Na ocasião, a ministra foi questionada por produtores, e também pelo senador Fernando Bezerra Coelho, sobre as pesquisas voltadas para a região, especialmente no tocante ao desenvolvimento de variedades de uva de mesa pela Embrapa, a exemplo da BRS Vitória, e sua disponibilização para outros países sem a cobrança de royalties. “A Embrapa é a chave do nosso sucesso”, ressaltou Coelho, defendendo que a empresa proteja os interesses do agronegócio do país.
Em resposta, Tereza Cristina destacou que a Empresa está passando por um processo de reformulação para se ajustar aos novos tempos. Ela comparou a Embrapa a uma “criança prodígio”, que foi crescendo e agora precisa se reinventar.
Mais tarde, durante encontro no Centro de Excelência em Fruticultura do Senar, em Juazeiro, a ministra mostrou que, embora o centro de pesquisas de Uva e Vinho esteja localizado no Rio Grande do Sul, também são desenvolvidos materiais para o Nordeste, anunciando que já tem duas novas variedades para serem entregues. “Mas nós não vamos cometer o pecado lá de trás, de não patentear essas uvas”, reforçou, atendendo às expectativas dos exportadores.
No encontro, o produtor Ivan Pinto apresentou as principais reivindicações dos fruticultores da região, e ao final entregou à ministra um documento com as solicitações. Entre elas estavam a necessidade de um rígido programa de monitoramento e controle de mosca das frutas, de dar andamento à nova lei dos defensivos agrícolas e da região dispor de mais fiscais agropecuários para viabilizar a ampliação da exportação dos produtos.
Tereza Cristina se mostrou sensível aos problemas apontados pelos produtores e reconheceu que a região é um exemplo não só para o Brasil mas para o mundo, embora ainda existam questões a serem melhoradas. Ela destacou o esforço que está sendo feito pelo MAPA para a abertura de novos mercados para os produtos nacionais, entre eles as frutas do Vale do São Francisco. E informou que, no mês de maio, deve visitar países como o Japão, China, Vietnam e Indonésia, fazendo um convite para que os produtores interessados também participem das missões internacionais.
Ao longo do dia, Tereza Cristina teve a oportunidade de conhecer in loco a realidade da agricultura irrigada na região. “É de grande importância que a ministra venha ver o que acontece aqui, o que geramos de emprego e o que nós produzimos de fruta e que exportamos para o mundo todo, para ela defender o Vale e defender a nossa fruticultura no governo, no Ministério e também no Congresso”, ressaltou o produtor Suemi Koshiyama, durante a visita da comitiva ao packing house da fazenda Special Fruit.
As visitas também incluíram um centro de pesquisa privado e o Distrito de Irrigação de Maniçoba, em Juazeiro (BA), onde a ministra se reuniu com membros dos conselhos dos projetos, prefeitos, secretários municipais e vereadores, além dos agricultores locais. Na oportunidade, o gerente executivo do Distrito de Maniçoba, Valter Matias de Alencar, afirmou que os agricultores do local hoje vivem em uma “situação de conforto muito grande, conseguindo realizar toda a manutenção da infraestrutura de uso comum com recursos próprios, sem depender do Governo Federal”.
Segundo ele, são mais de 5 mil hectares irrigados de manga, além de outras culturas em menor escala, gerando 6.500 empregos diretos e 18 mil indiretos, com faturamento na ordem de 86 milhões para os pequenos produtores, além de quase 200 milhões oriundos da área empresarial. Alencar ressaltou, no entanto, que ainda precisam de apoio, como a construção de estradas para escoamento da produção e a melhoria da infraestrutura, a exemplo do saneamento das vilas.
Uma dessas melhorias em breve se tornará realidade, após a assinatura, durante o evento, de um convênio do Banco do Nordeste com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), no valor de R$ 22 milhões, para financiar projetos de energia solar no Distrito de Maniçoba, de forma a reduzir os custos da irrigação, que atualmente utiliza energia elétrica.
“Aqui tá o exemplo do Nordeste que deu certo, mas ainda temos um monte de gente que ainda precisa chegar no estágio que vocês estão”, ressaltou Tereza Cristina, destacando que é esse o papel que se espera da Embrapa: ajudar a resolver os problemas e levar novas tecnologias, não só na área de fruticultura, também na pecuária, na caprinovinocultura, na avicultura, na pecuária de leite, entre outras. “Aí nós temos que arrumar assistência técnica para que os agricultores também possam ter o sucesso que vocês têm aqui”, completou.
O presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa, que integrou a comitiva do Ministério, destacou que a Empresa, ao longo da sua história, tem feito um trabalho muito bom no desenvolvimento sustentável da região, tanto no ponto de vista econômico como social e ambiental. Ele avalia, no entanto, que o Brasil ainda precisa se tornar um grande exportador de frutas. “Há exemplos muito bons, mas ainda há um mercado enorme lá foram que nós precisamos abastecer de uma maneira competitiva e eficiente, e para isso a Embrapa precisa, junto com seus parceiros diversos, desenvolver tecnologias”, destacou.
A programação teve início com uma reunião no Sindicato Patronal Rural de Petrolina, em que foram ouvidos representantes dos setores da fruticultura, avicultura, pecuária e produção de cana-de-açúcar. Na ocasião, a ministra foi questionada por produtores, e também pelo senador Fernando Bezerra Coelho, sobre as pesquisas voltadas para a região, especialmente no tocante ao desenvolvimento de variedades de uva de mesa pela Embrapa, a exemplo da BRS Vitória, e sua disponibilização para outros países sem a cobrança de royalties. “A Embrapa é a chave do nosso sucesso”, ressaltou Coelho, defendendo que a empresa proteja os interesses do agronegócio do país.
Em resposta, Tereza Cristina destacou que a Empresa está passando por um processo de reformulação para se ajustar aos novos tempos. Ela comparou a Embrapa a uma “criança prodígio”, que foi crescendo e agora precisa se reinventar.
Mais tarde, durante encontro no Centro de Excelência em Fruticultura do Senar, em Juazeiro, a ministra mostrou que, embora o centro de pesquisas de Uva e Vinho esteja localizado no Rio Grande do Sul, também são desenvolvidos materiais para o Nordeste, anunciando que já tem duas novas variedades para serem entregues. “Mas nós não vamos cometer o pecado lá de trás, de não patentear essas uvas”, reforçou, atendendo às expectativas dos exportadores.
No encontro, o produtor Ivan Pinto apresentou as principais reivindicações dos fruticultores da região, e ao final entregou à ministra um documento com as solicitações. Entre elas estavam a necessidade de um rígido programa de monitoramento e controle de mosca das frutas, de dar andamento à nova lei dos defensivos agrícolas e da região dispor de mais fiscais agropecuários para viabilizar a ampliação da exportação dos produtos.
Tereza Cristina se mostrou sensível aos problemas apontados pelos produtores e reconheceu que a região é um exemplo não só para o Brasil mas para o mundo, embora ainda existam questões a serem melhoradas. Ela destacou o esforço que está sendo feito pelo MAPA para a abertura de novos mercados para os produtos nacionais, entre eles as frutas do Vale do São Francisco. E informou que, no mês de maio, deve visitar países como o Japão, China, Vietnam e Indonésia, fazendo um convite para que os produtores interessados também participem das missões internacionais.
Ao longo do dia, Tereza Cristina teve a oportunidade de conhecer in loco a realidade da agricultura irrigada na região. “É de grande importância que a ministra venha ver o que acontece aqui, o que geramos de emprego e o que nós produzimos de fruta e que exportamos para o mundo todo, para ela defender o Vale e defender a nossa fruticultura no governo, no Ministério e também no Congresso”, ressaltou o produtor Suemi Koshiyama, durante a visita da comitiva ao packing house da fazenda Special Fruit.
As visitas também incluíram um centro de pesquisa privado e o Distrito de Irrigação de Maniçoba, em Juazeiro (BA), onde a ministra se reuniu com membros dos conselhos dos projetos, prefeitos, secretários municipais e vereadores, além dos agricultores locais. Na oportunidade, o gerente executivo do Distrito de Maniçoba, Valter Matias de Alencar, afirmou que os agricultores do local hoje vivem em uma “situação de conforto muito grande, conseguindo realizar toda a manutenção da infraestrutura de uso comum com recursos próprios, sem depender do Governo Federal”.
Segundo ele, são mais de 5 mil hectares irrigados de manga, além de outras culturas em menor escala, gerando 6.500 empregos diretos e 18 mil indiretos, com faturamento na ordem de 86 milhões para os pequenos produtores, além de quase 200 milhões oriundos da área empresarial. Alencar ressaltou, no entanto, que ainda precisam de apoio, como a construção de estradas para escoamento da produção e a melhoria da infraestrutura, a exemplo do saneamento das vilas.
Uma dessas melhorias em breve se tornará realidade, após a assinatura, durante o evento, de um convênio do Banco do Nordeste com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), no valor de R$ 22 milhões, para financiar projetos de energia solar no Distrito de Maniçoba, de forma a reduzir os custos da irrigação, que atualmente utiliza energia elétrica.
“Aqui tá o exemplo do Nordeste que deu certo, mas ainda temos um monte de gente que ainda precisa chegar no estágio que vocês estão”, ressaltou Tereza Cristina, destacando que é esse o papel que se espera da Embrapa: ajudar a resolver os problemas e levar novas tecnologias, não só na área de fruticultura, também na pecuária, na caprinovinocultura, na avicultura, na pecuária de leite, entre outras. “Aí nós temos que arrumar assistência técnica para que os agricultores também possam ter o sucesso que vocês têm aqui”, completou.
O presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa, que integrou a comitiva do Ministério, destacou que a Empresa, ao longo da sua história, tem feito um trabalho muito bom no desenvolvimento sustentável da região, tanto no ponto de vista econômico como social e ambiental. Ele avalia, no entanto, que o Brasil ainda precisa se tornar um grande exportador de frutas. “Há exemplos muito bons, mas ainda há um mercado enorme lá foram que nós precisamos abastecer de uma maneira competitiva e eficiente, e para isso a Embrapa precisa, junto com seus parceiros diversos, desenvolver tecnologias”, destacou.
Embrapa Semiárido
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