segunda-feira, 12 de junho de 2017

Até o ano que vem estudo apresenta os tipos de mandioca mais resistentes à seca

mandioca - plantioOs estudos para identificar a sementes mais resistentes, estão sendo desenvolvido no campo avançado da Embrapa Mandioca e Fruticultura no extremo Nordeste, localizado em Mossoró (RN), cujo responsável é o pesquisador Jaeveson da Silva. “O objetivo é colocar à disposição dos produtores variedades que possam responder de forma mais eficiente às mudanças climáticas que já estão acontecendo e deverão se intensificar”, afirma Cruz.
Jailson Cruz conta que vem desenvolvendo, em conjunto com os pesquisadores da Equipe Técnica de Mandioca, um projeto de seleção de variedades tolerantes à seca. Nesses últimos cinco anos, em que o Semiárido nordestino vive estiagem severa, boa parte das variedades de mandioca não resistiu. Porém, algumas poucas variedades que permanecem lá, com o produtor, podem ter potencial grande de produzir bem em condições de déficit hídrico e altas temperaturas. “Buscamos no Nordeste, nas áreas mais secas, materiais que sobreviveram a esses cinco anos de seca intensa. Reunimos esse material e, juntamente com alguns materiais melhorados pela Embrapa Mandioca e Fruticultura para tolerância à seca, levamos para Mossoró, para avaliação em ambiente de forte déficit hídrico e altas temperaturas. Eram 40 variedades e, ao final do primeiro ano, selecionamos 20. Repetimos o experimento e a partir dessas 20 vamos selecionar dez para trabalhar com os produtores rurais da região semiárida”, informa Cruz.

Jaeveson da Silva, que acompanha os experimentos, diz que o trabalho vai até dezembro, e a previsão é, em janeiro de 2018, já chegar ao resultado das variedades que se comportaram melhor. Ainda segundo Jaeveson, a expectativa é a melhor possível. Ele adianta que alguns materiais produzidos pelo programa de melhoramento da Embrapa demonstraram bom desempenho. “Inclusive, a produção de parte aérea também foi surpreendente. Isso porque, para a região semiárida, a alta produção de parte aérea é importante porque serve para alimentar o gado na época de seca.” A ideia, de acordo com Silva, é utilizar a lógica do projeto “Rede de multiplicação e transferência de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária” (Reniva) para transferir esses materiais superiores para os produtores. Vale ressaltar que outros projetos para tolerância à seca e a altas temperaturas estão sendo desenvolvidos por pesquisadores da Embrapa Mandioca e Fruticultura.

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