terça-feira, 16 de agosto de 2016

Projeto estimula cultivo de uvas na Chapada do Apodi, RN




A Chapada do Apodi, região potiguar que faz divisa com o Ceará, é conhecida por responder por mais da metade da produção de melão do país. Agora, um projeto do Sebrae estimula os produtores rurais a apostarem no plantio de outras frutas, que também têm boa aceitação dos consumidores e uma diversidade de opções de comercialização no mercado. A extensa área plana, de solo fértil e com boa reserva de água e clima semiárido, faz do Apodi o cenário propício para o desenvolvimento da fruticultura irrigada. Por isso, a região está sendo vista como a nova fronteira agrícola para a produção de frutas frescas, inclusive espécies que estão muito associadas a climas temperados. É o caso da uva, que se tornou uma alternativa rentável e tem dado novas perspectivas de lucro aos agricultores potiguares.
´Acreditamos que é a diversificação de cultura é uma saída. A região de Apodi tem grandes possibilidades, pelo seu potencial, tradição e recursos hídricos, de se tornar um celeiro da fruticultura irrigada também´, explica o gerente do Escritório Regional do Sebrae no Médio Oeste, Franco Marinho, que também é gestor do projeto de Fruticultura e Agroindústria da instituição. O projeto atende 800 fruticultores potiguares e estimula a implantação de unidades de processamento de polpas – já são 10 unidades no Oeste e Médio Oeste. Agora, estimula o cultivo de frutas que têm alta demanda de mercado e preços estáveis, como é o caso da uva, maracujá e as frutas cítricas.
Em parceria com instituições de ensino e pesquisa, o Sebrae verifica a viabilidade dessas culturas na região de Apodi, que desponta como a nova fronteira agrícola do estado, principalmente em função da grande oferta de água e solos férteis, que favorecem a fruticultura irrigada. É o que pensa também o professor-doutor Django Jesus Dantas, que participa do programa de pós-graduação em fitotecnia da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa).
Para ele, existência de um aquífero de água subterrâneas muito grande na região - (o arenito Assú) - associado ao projeto de integração do rio São Francisco, que levará água para perímetro de irrigação da ordem de 8 mil hectares, e a solos férteis podem tornar Apodi o novo polo fruticultor do Rio Grande do Norte. ´Temos aqui um aquífero com grande capacidade de água subterrânea, solos de alta fertilidade, proximidade com portos, que favorece a exportação, e abundante mão de obra´, aponta o professor.
As oportunidades que despontam nesse segmento foram apresentadas no seminário ´A Fruticultura Irrigada no Médio Oeste´, realizado pelo Sebrae no Rio Grande do Norte em Apodi, na última semana para discutir com produtores locais, especialista e governos os desafios para tornar a região um polo produtor de frutas tropicais. ´A fruticultura é uma atividade importante para o estado pela geração de emprego e divisas. Por isso, o Sebrae vê essa atividade como prioritária e atua com agregação de valor, através de cooperativas e associações de pequenos produtores que fazem esse processamento´, justifica Franco Marinho. (G1 RN)

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