segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Penerinização do Piranhas-Açu com água do São Francisco não tem data



A água da Transposição do Rio São Francisco entrará no Rio Grande do Norte pela perenização do Rio Piranhas-Açu, sem data específica para ocorrer. No estado da Paraíba, as obras relativas à Transposição estão quase concluídas. A previsão inicial era a de que a população do estado potiguar fosse atendida a partir de duas entradas das águas transpostas.
Uma seria a partir do Reservatório Eng. Ávidos, em Cajazeiras (PB), ocorrerá a perenização natural do Rio Piranhas-Açu, com represamento nas Barragens de Oiticica, ainda em construção, e na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, com capacidade para armazenar 2,4 bilhões de metros cúbicos de água. Outra seria a partir do Ramal do Apodi, cuja construção não tem data de início. As águas da Transposição seriam acumuladas nas barragens de Santa Cruz do Apodi e Pau dos Ferros, que deverão abastecer 44 municípios potiguares.
O Ramal do Apodi, conforme detalhado pelo Ministério da Integração Nacional, prevê a construção de canais, túneis, aquedutos e barragens. A Semarh, porém, sugeriu que o Ministério da Integração Nacional substitua o canal por uma adutora, para diminuir o custo e o tempo da obra, além de proporcionar melhor controle da água que é conduzida, evitando roubos e perdas excessivas com a evaporação. Não houve resposta ao pleito e a informação mais atual é de que os ramais não serão mais construídos no RN.
Iniciadas em 2005, as obras de Transposição do Rio São Francisco estão orçadas em R$ 8,2 bilhões, conforme levantamento do Ministério da Integração Nacional (MIN) publicado em 2015. Um projeto para integrar a transposição às demais bacias hidrográficas naturais e superficiais que abastecem a população potiguar está em fase de formatação pela Semarh. O projeto prevê um canal com 245 km de extensão, ligando o município de Açu, no Oeste, a Maxaranguape, no litoral. Estimado em R$ 2,5 bilhões, o projeto precisará de quatro anos para ser concluído. Os projetos executivos deverão consumir R$ 25 milhões. A concepção do projeto de integração das bacias potiguares foi apresentado ao MI, em Brasília, mas nenhuma resposta foi dada até o momento.

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