quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Brasil aumenta produção de sêmen bovino mas as vendas caem

bojão de sêmanA produção de sêmen bovino no primeiro semestre de 2016 atingiu 3.278.991 doses, sendo 2.923.190 relativas às raças de corte e 355.801 de leite. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o volume de produção ficou 62,2% maior, crescimento assegurado pelas raças de corte. No leite, houve queda de 33%, conforme os números do Index ASBIA – 1º Semestre 2016, divulgados pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA).
Já as vendas de sêmen registraram queda, com ligeira retração entre as raças de corte (-1%) e uma queda mais acentuada entre as leiteiras (-27%), em comparação ao mesmo período do ano passado. Foram vendidas 2.662.547 doses de corte e 1.692.396 doses de leite no primeiro semestre.
Minas Gerais correspondeu a 32% das vendas de sêmen das raças leiteiras, seguido de Rio Grande do Sul (16%) e Paraná (14%). Entre as raças de corte, as maiores compras vieram dos Estados Mato Grosso (22%), Mato Grosso do Sul (16%) e Goiás (11%). “Não há um único motivo para essa queda nas vendas neste primeiro semestre. São um conjunto de fatores e, dentre eles, está a insegurança do consumidor no primeiro semestre e o baixo valor pago ao leite neste mesmo período, além de toda a instabilidade econômica que o Brasil vive.

No caso específico do leite, onde as vendas ficaram mais retraídas, temos que lembrar que a recuperação do valor pago ao produtor ocorreu no final do primeiro semestre, não permitindo a melhora do equilíbrio econômico financeiro da atividade.”, explica o presidente da ASBIA, Carlos Vivacqua Carneiro da Luz. Outros fatores que contribuíram para esse cenário no leite foram: uso de sêmen de raças de corte para inseminar vacas leiteiras; abate de fêmeas; desativação de fazendas de leite de pequeno e médio porte; fazendas que ainda tinham estoque de sêmen deixaram de comprar e diminuição de compras pelo setor público.

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