Orientações técnicas e de manejo do carrapaticida em bovinos
Aproximadamente 75% da população mundial de bovinos são parasitados pelos carrapatos, constituindo-se, assim, na principal ectoparasitose desses animais. A resistência do carrapato Boophilus microplus aos carrapaticidas disponíveis tem sido motivo de preocupação nas regiões onde a presença desse parasito se manifesta de forma intensiva.A ação do carrapato se caracteriza principalmente pela transmissão da tristeza parasitária e lesões da pele dos bovinos, cujos prejuízos se refletem na produtividade, através da morbidade e mortalidade dos rebanhos, nos processos industriais e de manejo. Com a identificação dos primeiros casos de resistência do carrapato Boophilus microplus, observados na década de 30, diversos princípios ativos carrapaticidas foram sendo sucessivamente testados e utilizados comercialmente. Ao mesmo tempo, foi sendo observado o aumento da resistência a esses produtos.
No Brasil, as primeiras detecções de resistência foram observadas no Rio Grande do Sul. Ainda no RS, na década de 70, foram relatadas diversas estirpes resistentes aos organofosforados. Nos rebanhos em que os carrapatos se constituem numa limitação, os custos de produção aumentam. Além disso, a possibilidade de eficiência dos novos princípios ativos tem sido cada vez menor, o que se configura como fator determinante para o agravamento do problema.
A resistência de carrapatos a acaricidas vem tendo notório avanço, sobretudo em rebanhos com aptidão leiteira, sendo que, em muitos países, estes rebanhos estão altamente susceptíveis aos ataques destes parasitas praticamente imunes aos princípios ativos presentes no mercado.
O controle do carrapato deve ser feito periodicamente nos rebanhos infestados por meio do uso de carrapaticidas adequados e usados dentro do manejo mais indicado a fim de que se possa minimizar a sua ação nos animais e o aumento de resistência.
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