O produtor nordestino precisa aumentar os cuidados para evitar a desertificação
A desertificação, fenômeno natural que é intensificado pela ação humana, acontece quando uma área produtiva se transforma em deserto, ficando estéril e, portanto, inutilizável para cultivos agrícolas. Para o pesquisador da Embrapa Solos, UEP Nordeste, Luciano Accioly é importante o conhecimento de medidas que possam evitar a desertificação e a degradação de terras.O processo de desertificação ocorre principalmente em áreas onde chove pouco e é acelerado pelo uso inadequado da terra, ou seja, pelo manejo inadequado dos recursos naturais, principalmente do solo e da água. No Brasil, existem quatro regiões do semiárido nordestino onde a desertificação já está acontecendo: nos municípios de Cabrobó, em Pernambuco, de Gibões, no Piauí e de Irauçuba, no Ceará, e na região do Seridó entre a Paraíba e Rio Grande do Norte.
O pesquisador explica também que as atividades econômicas de populações rurais podem conviver com práticas que ajudam a evitar esse problema. Um dos conselhos que traz é para o pequeno produtor evitar a degradação das terras sem perder sua fonte de renda é fazer um bom plano de manejo da caatinga.
Quem extrai madeira, por exemplo, deve adotar técnicas conservacionistas, que lhe permitam explorar economicamente a vegetação sem devastá-la. “Usar a lenha não é um problema. O problema é quando essa lenha é extraída sem o cuidado de manejar adequadamente as nossas matas”, acredita Accioly. “Técnicas para um bom manejo da caatinga já existem. Usando essas técnicas, como o corte seletivo das árvores, é possível a manutenção das matas e também das atividades econômicas”, conclui.
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