Cresce a produção de algodão agroecológico no nordeste
Desde 2006, no Estado da Paraíba, pesquisadores da Embrapa Algodão juntamente com produtores, estão produzindo o algodão agroecológico. O projeto, desenvolvido no assentamento de Queimadas, município de Remígio, começou com 18 famílias e atualmente conta com mais de 50. A iniciativa valoriza o conhecimento dos produtores, que acrescentam às descobertas da pesquisa a experiência acumulada ao longo de anos trabalhando com lavouras de algodão. Muitos deles encontram meios naturais de enfrentar pragas e doenças, que é justamente o princípio do cultivo agroecológico.Aliando produtividade com a preocupação de preservar o meio ambiente, pequenos produtores do sertão da Paraíba já estão adotando o algodão agroecológico como novo modelo de produção. Nesta forma de cultivo, o produtor dispensa completamente os agrotóxicos e adubos químicos, o que é vantajoso e gratificante, pois contribui para a preservação do meio ambiente e da saúde dos trabalhadores.
Segundo o pesquisador da Embrapa Algodão, Melchior Batista, a idéia do cultivo agroecológico é permitir a convivência da planta com as pragas, inclusive com o bicudo do algodoeiro, a principal desta cultura. Para o agrônomo José Sales Júnior, diretor-presidente da organização não-governamental Arribação, ONG parceira da Embrapa no projeto de cultivo do algodão agroecológico “O importante neste projeto é que ele chega para valorizar o que já está sendo feito pela comunidade, como as experiências em relação aos espaçamentos, à época de plantio e a convivência com o bicudo”, afirma.
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