Material genético brasileiro segue para depósito no Banco de Sementes da Noruega
O
presidente da Embrapa, Celso Moretti, acompanhou no dia 10 de janeiro a
preparação da nova remessa de sementes que serão enviadas para o Banco
Mundial de Sementes de Svalbard, na Noruega. São ao todo 3.037 acessos
de arroz, 87 de milho, 119 de cebola, 132 de pimentas e 68 de
cucurbitáceas conservados pela Embrapa, que agora farão parte do maior
banco genético do mundo.
“O
envio desse material representa a contribuição que o Brasil está dando
para a humanidade”, disse o presidente. “A Embrapa, graças aos bancos
ativos de 31 unidades descentralizadas, e ao acervo preservado aqui em
Brasilia, no Banco Genético da Embrapa Recursos Genéticos e
Biotecnologia, está ajudando a proteger a biodiversidade”, destacou.
Segundo
ele, o Banco Genético, de onde foram retiradas as sementes, é o “o
verdadeiro banco central do Brasil”, onde a agricultura pode vir buscar a
variabilidade genética para enfrentar pragas e doenças, daí a
importância estratégica e de segurança nacional serem muito grandes.
“Para isso, contamos com 8.500 colaboradores da embrapa e 2.300
pesquisadores que diuturnamente trabalham para contribuir com a
alimentação mais saudável com a redução do preço da cesta básica do
brasileiro”, completou. O envio das sementes, na opinião do presidente,
dá visibilidade ao Brasil no cenário internacional, e é um esforço
adicional de conservação.
Estiveram
presentes à preparação do material a chefe da Unidade, Cléria
Valadares, e a pesquisadora Rosa Lia Barbieri, que durante os próximos
dois anos vai assumir a representação como a primeira mulher brasileira a
vai ocupar uma cadeira no Painel Consultivo Internacional (IAP, sigla
em Inglês), na gestão do Banco Global de Sementes de Svalbard. Neste
período, a Embrapa será a única instituição de pesquisa da América
Latina presente no Painel.
Banco norueguês
Criado
para funcionar como uma cópia de segurança para conservação a longo
prazo das sementes de bancos de germoplasma de todo o planeta, o Banco
Mundial de Sementes está situado no interior de uma montanha e foi
planejado para resistir a catástrofes climáticas e explosões nucleares.
As
sementes enviadas pela Embrapa seguem acondicionadas em embalagens
aluminizadas hermeticamente fechadas, identificadas com código de
barras, e organizadas em caixas plásticas. As caixas serão enviadas
pelos Correios até Oslo, na Noruega. De Oslo, seguirão até o arquipélago
de Svalbard, no Círculo Polar Ártico. A cerimônia de depósito das
sementes terá a presença da Primeira Ministra da Noruega, Erna Solberg,
delegados de vários países e representantes de bancos de germoplasma, e
da supervisora de Curadorias de Germoplasma Vegetal da Embrapa, Rosa
Lía Barbieri.
O
material enviado foi recolhido em bancos de germoplasma mantidos pela
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF), Embrapa Arroz
e Feijão (Santo Antônio de Goiás-GO), Embrapa Milho e Sorgo (Sete
Lagoas-MG), Embrapa Clima Temperado (Pelotas-RS) e Embrapa Hortaliças
(Brasília-DF). Em 2014 foram enviados pela Embrapa 514 acessos de feijão
e em 2012, 264 de milho e 541 de arroz. A iniciativa é decorrente do
acordo assinado entre a Embrapa e o Real Ministério de Agricultura e
Alimentação da Noruega, em 2008.
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