Delegação da China inspeciona fazendas produtoras de melão no RN e no CE
Fruticultura
Em novembro de 2019, Brasil fechou acordo com a China que viabiliza exportação da fruta para o país asiático
Técnicos da Administração Geral de Aduana da China (GACC, órgão de sanidade vegetal e animal) inspecionaram fazendas produtoras de melão no Rio Grande do Norte e no Ceará, entre os dias 12 e 17 de janeiro de 2020. Os estados são os maiores produtores da fruta.
Em novembro, o Brasil fechou acordo com a China que viabiliza a exportação de melão. O acordo é simbólico por se tratar do primeiro entendimento sobre frutas com o país asiático. Em contrapartida, os chineses poderão vender pera para o mercado brasileiro. Os protocolos sanitários foram firmados após reunião bilateral entre os presidentes Jair Bolsonaro e Xi Jinping, dentro da XI Cúpula do Brics, em Brasília.
O objetivo da visita dos técnicos foi verificar as plantações nas áreas livres da mosca-da-fruta nos estados.
Além das fazendas, o grupo chinês visitou estruturas de embalo para exportação (packing houses) e laboratórios. Eles estavam acompanhados de representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) e do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte.
Segundo técnicos que acompanharam as inspeções, os chineses demonstraram satisfação com as visitas. O Mapa está otimista com a conclusão da verificação da área livre da mosca-da-fruta e espera que em breve o melão brasileiro possa ser exportado para a China.
A China é o maior mercado consumidor de melões no mundo - consome cerca de metade da produção mundial, o equivalente a 17 milhões de toneladas em 2017. Se o Brasil conquistar 1% do mercado chinês, o volume de exportações da fruta deverá dobrar.
Em 2018, o Brasil exportou cerca de 200 mil toneladas de melão para diversos países, como Estados Unidos, Chile, Argentina, Uruguai, Rússia e União Europeia. A safra brasileira coincide com a entressafra na China.
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