terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Nova variedade de soja em teste promete agradar gosto brasileiro

Pesquisadores de MG pesquisam soja há quase 11 anos.
Grão, de cor marrom, chega ao mercado para testes com o consumidor.

Do Globo Rural
O produtor Jonadan Ma, de Uberaba, Minas Gerais, é um dos 16 produtores do Brasil selecionados para cultivar a primeira variedade de soja marrom desenvolvida no país.
Ela foi criada para ser uma alternativa de renda para o agricultor, que plantou 22 hectares e espera uma produção de 60 toneladas do grão. Jonadan conta que o manejo é igual ao das variedades tradicionais, cultivadas na região, e que o negócio é bastante rentável, já que a saca é vendida entre R$ 95 e R$ 105, enquanto a soja comum sai, em média, por R$ 45.
Do campo para o laboratório. Na sede da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, a Epamig, em Uberaba, a soja marrom foi desenvolvida, em parceria com a Embrapa e com a Fundação Triângulo. Ela é fruto do trabalho de melhoramento genético e o resultado é um grão marrom e parecido com o feijão carioquinha.
A doutora em genética e melhoramento vegetal Ana Cristina Juhász conta que o principal desafio da pesquisa foi passar pelo teste da panela. E o resultado agradou. O grão final apresenta características como facilidade no cozimento, não solta casca, nem espuma, não é preciso deixar de molho e pode ser feito junto com o feijão, basta colocar a mesma quantidade dos dois grãos.
Outras formas de preparo também foram avaliadas, tudo para garantir que não se perca uma propriedade importante da soja: a isoflavona, proteína que ajuda a reduzir o colesterol. Com isso, a ideia, é que a soja marrom seja consumida junto com o feijão e sirva como importante fonte nutricional.
A soja marrom também passou no teste do prato: os pesquisadores ofereceram a receita a 1.538 pessoas, 97% aprovaram o sabor e oito em cada 10 que provaram, garantiram que comprariam o produto.
O marketing está sendo feito provocando o paladar do consumidor, um quiosque foi montado no único supermercado de Uberaba, onde o grão já é vendido.
(Este texto corrige a versão original, que dizia que a produção de soja seria de 60 mil toneladas. O correto são 60 toneladas)
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