Impacto no mercado de grãos: guerra entre Rússia e Ucrânia não tem data para acabar
É o que avalia Mônica Rodríguez, consultora em comércio internacional da BMJ Consultores Associados
A guerra entre russos e ucranianos completou dez meses na última semana. Na visão de Mônica Rodríguez, consultora em comércio internacional da BMJ Consultores Associados, o conflito, que é o maior na Europa desde a 2ª guerra mundial, não tem data para acabar, devendo durar por mais alguns meses — pelo menos. Além disso, ela chama a atenção para o fato de o embate ir para além da fronteira entre os dois países, pois afetou, por exemplo, o mercado internacional de grãos.
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Em entrevista ao Canal Rural, a consultora apontou que, de certo modo, até o Brasil foi — e ainda é — impactado pela guerra da Rússia contra a Ucrânia. Como exemplo, ela mencionou a questão do trigo. Isso porque a maior parte do cereal importado pelo Brasil vem da Argentina. Mas há parte que é — ou ao menos era até antes da deflagração do conflito — comparada diretamente do leste europeu.
“Há um impacto muito grande e não só para os países que estão ali ao redor da guerra, mas também para o Brasil. A gente vê o caso, por exemplo, do trigo. Apesar de a gente importar o maior volume de trigo da Argentina, nós também importamos um pouco da Rússia”, disse Mônica. “E o que acontece com os preços? Como há essa instabilidade, essa possível incerteza na produção e no escoamento do produto russo, os preços aumentam”, prosseguiu. “É uma commodity negociada em mercados internacionais”, complementou a consultora ao conversar com a jornalista e apresentadora Pryscilla Paiva durante a edição desta terça-feira (27) do telejornal
Guerra afetou o mercado geral de
Na parte relacionada à produção agrícola, Mônica Rodríguez ainda observou que o trigo não foi o único produto afetado em decorrência do prolongamento da guerra entre Rússia e Ucrânia. Ela reforçou, nesse sentido, que até hoje há dificuldade para a exportação de grãos por parte dos ucranianos. “São vários grãos que são afetados”, enfatizou a entrevistada do Canal Rural.
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