sexta-feira, 17 de junho de 2022

 

Pesquisadores comprovam que um fungo é eficiente contra o mofo-branco e a mosca-branca que atacam diversas culturas

   

Cientistas da Embrapa verificaram que o fungo Clonostachys rosea se mostrou um eficaz agente de controle do mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum) e da mosca-branca (Bemisia tabaci biótipo B), ambos considerados grandes problemas fitossanitários para várias culturas, como soja, algodão, feijão, tomate, batata, canola e girassol. Além disso, os pesquisadores conseguiram obter um meio de reprodução barato do microrganismo benéfico, abrindo perspectivas de produção em larga escala de um futuro bioinsumo agrícola.

O pesquisador da Embrapa Meio Ambiente , Wagner Bettiol conta que essa é a primeira tentativa de determinar o impacto do tipo deóculo na produção bifásica (cultivo líquido na primeira vez seguido da fermentação estática na segunda etapa), para a espécie Clonastachys rosea , ainda pouco explorada no Brasil. No entanto, esse fungo apresenta funções ecológicas que beneficiam inúmeras espécies, de acordo com o Bettiol. O estudo ainda investigou as exigências do fungo e a desenvolver uma produção eficiente.

“Esse microrganismo é um excelente agente de biocontrole, sendo micoparasita de um grande número de fungos fitopatogênicos [causadores de doenças em plantas]”, relata o pesquisador. Entretanto, devido às dificuldades de sua produção sólida em escala usando substratos, seu uso comercial ainda é muito grande e limitado. Até o momento, existem apenas alguns produtos comerciais à base de Clonostachys roseaem todo o mundo, como as marcas disponíveis Vectorite e Endofine no Canadá, e Kamoi no Brasil. A produção industrial é realizada em substratos constituídos por grãos de cereais, aveia, na América do Norte, e por grãos de arroz, aqui. “Até presente o momento, não há registro no mundo de qualquer produto comercial contendo esse fungo que seja ativo de origem de fermentação submersa”, Bettiol.

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