segunda-feira, 6 de junho de 2022

 

Assentamento paraibano usa energia solar para garantir acesso à água

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Agricultores se beneficiam da fonte alternativa para manter funcionando o poço da comunidade. Foto: Incra/PB

As famílias do assentamento Padre Acácio, no Sertão paraibano – região com um dos mais altos índices de incidência de sol do Brasil, descobriram na energia solar uma forma de baratear a produção de alimentos e garantir a segurança hídrica da comunidade. A área de reforma agrária, situada no município de Malta, a aproximadamente 330 quilômetros da capital, João Pessoa, sofre com a irregularidade das chuvas.

Registrando mais de 3,2 mil horas anuais de insolação, a região foi escolhida para receber a Usina Solar Malta. Pertencente ao Complexo Fotovoltaico Angico e Malta e de posse da SPE Malta Energias Renováveis, o empreendimento entrou em operação comercial no segundo semestre de 2018 com capacidade instalada de 27,2 megawatts e 31,59 megawatts de potência pico.

Os painéis fotovoltaicos foram implantados na área comunitária do assentamento Padre Acácio em agosto de 2021, por meio de projeto da Diocese da Igreja Católica de Patos, município polo da região. A energia solar obtida substituiu a energia elétrica na alimentação da bomba hidráulica do poço que abastece a comunidade. As famílias não tiveram nenhum custo com o sistema.

De acordo com a presidente da associação dos agricultores do assentamento, Giliane Garcia dos Santos, a água do poço é utilizada para a irrigação das lavouras de frutas (goiaba, mamão, pinha e acerola) e para os animais de pequeno e grande porte (caprinos, ovinos e bovinos) de 23 das 28 famílias do assentamento. “Também aproveitamos para lavar pratos e roupas e tomar banho. Só não para beber porque para isso usamos a água de cisternas”, contou a agricultora, acrescentando que a conta mensal de energia caiu de cerca de R$ 30 para, no máximo, R$ 5.

A instalação do novo meio de geração de energia solar foi uma surpresa para as famílias, segundo Giliane, pois a comunidade não teria condições de investir na tecnologia com recursos próprios. “A gente ficou muito feliz porque não imaginava que nosso assentamento pudesse ser contemplado com um projeto como esse, mudou a nossa vida”, disse.

Assessoria de Comunicação Social do Incra/PB

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