quinta-feira, 13 de junho de 2019

TRABALHO COLETIVO >> Agenda de Proteção do Rio Potengi tem ações e cronograma definidos

Nascente do Rio Potengi (Foto: Canindé Soares / canindesoares.com)
“A tristeza no meu peito eu sei que dói / Me tortura, me cala a razão / Mas no meu peito renasce a esperança / De que dias melhores sei que virão", cantavam os seis jovens da quadrilha Tradição Nordestina que coloriram o lançamento da Agenda de Proteção da Nascente do Potengi, na última quinta-feira (6), no Centro de Convivência de Idosos de Cerro Corá, no território Seridó. Os versos de uma das várias estrofes escritas sobre a melodia de O Quereres, de Caetano Veloso, resumem os sentimentos dos moradores sobre o rio que nomeou o Estado. De um lado, tristeza com a erosão, o assoreamento e o desmatamento, que ameaçam a nascente e se repetem no curso de 156 quilômetros da Serra de Santana até a foz, em Natal. Do outro, a confiança em que a Agenda de Proteção, construída pelos poderes públicos e pela sociedade civil, reverterá o quadro atual.
"Aqui não estamos começando nada. Estamos dando sequência ao trabalho já existente, realizado ao longo do tempo por pessoas e associações ambientalistas, mas com uma diferença: desta vez, o Governo do Estado está presente pra valer, garantindo que as ações planejadas em articulação com o município e com a sociedade civil terão continuidade, porque são um compromisso assumido pela governadora Fátima", afirmou o secretário de Gestão de Projetos e Metas, Fernando Mineiro, que visitou a área da nascente e realizou reuniões preparatórias que desaguaram no evento de Cerro Corá.
A Agenda de Proteção estabelece 13 atividades — da formalização do grupo de trabalho para executá-las à conclusão do Projeto de Proteção das Nascentes do Potengi — de junho até dezembro. É um conjunto de ações científicas, educativas e de gestão que, além do foco preservacionista, prevê a utilização da nascente para fomentar a economia regional. "É uma iniciativa maravilhosa, que vai beneficiar o turismo, que já existe mas não é controlado, não está dentro da perspectiva ecológica", ressaltou Francisco Iglesias, da Associação Amigos da Natureza.


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