quinta-feira, 21 de março de 2019

Cordel

VIAJANDO NO TEMPO
Sou a estrada sem o fim
Sou o boi com aquele arado,
Eu sou a vaca leiteira
Medo do boi mascarado,
Sou pilão com a batida
Do sertão sou fascinado.
Eu sou a trilha sem rastro
Da oiticica faz sabão,
Sou o bonito ouro branco,
Safra linda de algodão,
Sou lembranças de menino
Viva o trem e a estação.
A piaba está faminta
Que eu peguei no velho anzol,
Sou bola dente de leite,
Na pelada do futebol,
Sou desfile de setembro
Bonito é o caracol.
Marcos Calaça é professor, poeta matuto e cordelista.

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