quinta-feira, 18 de agosto de 2022

 

Cientistas finalizam a construção de um equipamento para monitoramento do bicudo do algodoeiro

   

O equipamento foi apresentado aos produtores, esta semana, durante a 13ª do Congresso Brasileiro do Algodão, em Salvador (BA). O equipamento que vai auxiliar o produtor no monitoramento do bicudo do algodoeiro, considerado a principal praga da cultura. O equipamento, desenvolvida pela startup LiveFarm, em parceria com a Embrapa, realiza a contagem automática dos insetos e tempo real, otimizando o tempo com o monitoramento, além de reduzir os números de pulverizações.

Em levantamento realizado recentemente com cerca de 60 cultivadores do Cerrado identificou-se que o bicudo é a praga que exige o maior número de pulverizações, variando entre 18 e 22 aplicações por safra, nas últimas sete safras. A contratação pela praga pode ser o valor de mil reais por ele equivalente, o que o custo total da produção é de 10%.

O equipamento é acoplado às armadilhas de um robô convencional e envia os dados para um robô, ajudando assim, na tomada de decisão do produtor. “A inteligência artificial faz a identificação e envia as contagens para a nuvem. O sistema se diferencia pelo método de contagem e pelo fato de funcionar sem a necessidade de sinal telefônico ou de internet de satélite, sendo possível adaptar a qualquer ambiente”, explica Carvalho.

Para José Ednilson Miranda , investigador da Embrapa Algodão  que é desenvolvido no aperfeiçoamento da armadilha com um equipamento remoto de aprendizagem o que se insere no novo cenário de inteligência digital que se insere como fazendas se modernizaram e utilizar vez mais ferramentas de inteligência artificial para condução das lavouras. “O algodão é produzido em áreas muito extensas e fazendo dispensa a necessidade de ficar fazendo visitas. Além disso, as visitas podem ser feitas em um momento em que o inseto não vai estar presente. Enquanto a armadilha não será constantemente campo, acrescentando informações assim que o inseto chegar”, observa.

Outra aplicação para o uso dessas armadilhas é uma coleta de dados para a tomada de decisões de controle localizado através de drones agrícolas. “Hoje nós já temos drones de pulverização de 10, 20 e 30 litros de capacidade que vão ser ótimos para fazer esse controle localizado. Isso também pode ser automatizado de maneira que um único operador pode resolver esse problema de maneira tempestiva antes que a praga se alastre na lavoura”, vislumbra Miranda.

O desenvolvimento do sistema teve início em meados de 2018, com o processo de patente. O equipamento foi sendo aperfeiçoado em parceria com a Embrapa, Instituto Matogrossense do Algodão ( mt ) e outras instituições IMA relacionadas ao setor produtivo.

O pesquisador  Cherrerre da Silva , da Embrapa, explica que, para obter o índice de bicudo presente na área a ser cultivada, como armadilhas devem ser instaladas e mantidas ao longo de todo o perímetro da área em intervalos entre 150 e 300 metros entre si e devem ser verificados de nove semanas por um período antes da semeadura da nova lavoura.

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