sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Gigantes brasileiros



Entre 1976 a 2010, a área plantada com grãos cresceu somente 27%, mas a produção aumentou 273%, ou seja, houve um formidável ganho para o povo brasileiro, devido à introdução de mais tecnologia. Hoje, em um mesmo hectare, o agricultor produz 2,5 vezes mais milho, trigo, arroz, soja e feijão. Em 1970, um agricultor brasileiro produzia alimentos para 73 pessoas, mas em 2010 já produzia para 155!
As cifras indicam que o ruralista não está desmatando, desperdiçando, ou destruindo. Pelo contrário, está aprendendo a utilizar suas terras com mais tecnologia e intensidade. Não se pode esquecer que, enquanto o Brasil produz 160 milhões de toneladas, os Estados Unidos produzem 600 milhões e, por isso, é a maior e mais fantástica potência mundial. O Brasil tem que chegar lá! Tem tudo para chegar e a escalada começa pelo correto uso das terras. Por isso, há incríveis forças internacionais tentando atrasar o futuro do Brasil e, pitorescamente, muitos políticos, autoridades, ONGs e parte da imprensa aceitam fazer o jogo sujo internacional do atraso.
Ora, o ruralista é o maior interessado na preservação e bom uso de suas terras, para evitar dar um tiro no pé. Em 30 anos, o Brasil deixou de ser importador de alimentos para se tornar um dos maiores exportadores e ainda está longe do que virá a ser um dia.
Remando ao contrário, o Governo conseguiu até agora trancafiar 71% do território como “área protegida” - uma tolice que terá que ser resolvida, no futuro, por governantes “mais brasileiros”, uma vez que a média mundial de proteção é de 12%. Somente 29% do Brasil está colocado à disposição dos ruralistas, enquanto a média mundial é de 88% - um contrassenso, uma vez que o mundo olha o chão brasileiro com olhos gulosos e famintos.
Assim, está óbvio que a idéia governamental de punir e proibir o sucesso rural pouco tem a ver com a realidade socioeconômica do país e com a própria história. O tão falado Código Florestal, se mal aplicado, colocará milhões de pequenas e médias propriedades na ilegalidade, servindo de banquete para fiscais corruptos. O Código Florestal deveria, sim, passar por uma implementação vigorosa, mas a médio e longo prazos, para dar tempo de adequação, sem punir os bons produtores. Falta ao Brasil a palavra “estímulo” enquanto sobra a palavra “punição” aos que produzem riquezas para todos. Há, incrivelmente, uma enorme e obsessiva dedicação governamental a quem não produz e um certo descaso para quem produz, na atualidade.
l Caprinos & Ovinos - O ruralista brasileiro, o que tem seu próprio pedaço de terra e ali produz, é um gigante, pois não recebe nem 25% das mordomias de qualquer cidadão urbano. Pelo contrário, é caracterizado mesmo como um cidadão de segunda classe. São mais de 4,5 milhões de pequenas e médias propriedades que dificilmente conseguem ou conseguirão diplomar os filhos em escolas adequadas, embora produzam tantas riquezas!
Ao mesmo tempo, há o gado Zebu, que permitiu a abertura de todo país: um gigante! Também há os heróis regionais: caprinos e ovinos deslanados no Nordeste; ovinos lanados no extremo Sul, etc. São gigantes que sobreviveram e sobrevivem, a todo momento, diante das peripécias provocadas por medidas escorchantes de Crédito Rural e de privilégios para o setor urbano. Por não concentrar votos, o setor rural sofre constante punição, apesar das peripé­cias climáticas.
O Brasil, portanto, é terra de gigantes que, mesmo sem os clarins da imprensa, vai garantindo ao país uma lucrativa ocupação das terras, abrindo estradas e cidades, rumo ao futuro.

l GMBC - A Editora Agropecuária Tropical, tendo iniciado em Campina Grande (PB), em 1976, tornou-se a ­maior publicadora de livros técnicos da pecuária dos trópicos, oficializados pelas entidades de classe, tanto de raças zebuínas como taurinas. Também dedicou-se à expansão da caprino-ovinocultura, fundando a revista O BERRO, lançando livros específicos. Foi a presença da revista O Berro na maioria dos currais brasileiros que permitiu uma grande aceleração na modernização da criação de caprinos e ovinos.
Hoje, o criador brasileiro tem conhecimento do que acontece no mundo, lê sobre a cultura religiosa, econômica, folclórica, de outros países, no tocante às raças bovinas, caprinas e ovinas. As publicações da Editora levam cultura geral e técnica para dentro das porteiras, com eficácia.
Agora, diante da necessidade de ganhar mais velocidade e implementar modernos mecanismos de comunicação, para atender os gigantes do mundo rural, a Editora filia-se à GMBC, tendo em vista atingir o mercado internacional referente a caprinos e ovinos e vários outros. Expansão necessária rumo ao futuro.
A estrutura administrativa passa para a GMBC; a estrutura editorial permanece com a mesma equipe, mantendo o mesmo ritmo e relacionamentos com leitores, articulistas e criadores em geral. Muitas novidades estarão surgindo nos próximos meses. Todos os documentos fiscais, legais, etc. serão emitidos em nome da GMBC; todas as reportagens, fotos e filmes serão mantidos pela equipe tradicional.
Assim, para os leitores, não há nenhuma modificação. Esta união caracteriza um esforço para atender os gigantes do Brasil rural, cada vez com mais eficiência.

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