segunda-feira, 7 de maio de 2012



Seca no NE-Jornal Nacional

Seca no Nordeste deixa mais de 500 cidades em situação de emergência

Falta de chuva secou rios, prejudicou lavouras e fez disparar o preço de alimentos. Em uma cidade do interior da Bahia, não chove há dois anos.

A seca na Região Nordeste já deixou mais de 500 cidades em situação de emergência. A falta de chuva secou rios, prejudicou as lavouras e fez disparar o preço de alimentos, como o milho e o feijão.
Animais famintos, sem ter o que comer. Na terra esturricada pela seca, não dá para plantar. O agricultor trabalha em vão. A água é suja, salgada e está cada vez mais distante. São poucos os reservatórios que ainda não secaram. O Rio Pajeú, no município de Floresta, um dos maiores rios do sertão, hoje é cenário de desolação.
“Era a água que servia para a gente fazer irrigação agrícola, pastagem de animais e todo o uso doméstico. Hoje, com a seca, a gente está em uma situação dessas”, conta o agricultor Florisvaldo de Souza.
Os números do Ministério da Integração Nacional divulgados neste sábado (5) revelam o mapa da escassez de chuva na região: 525 municípios do Nordeste estão em situação de emergência; outros 221 também sofrem os efeitos da estiagem e aguardam a avaliação da Secretaria Nacional de Defesa Civil. Na Paraíba, 171 cidades decretaram emergência, no Rio Grande do Norte, 139, e em Pernambuco, 45.
Na Bahia, a situação é mais grave, o estado de emergência já foi reconhecido em 232 municípios. Segundo a defesa civil do estado, esta é a pior seca dos últimos 47 anos. No município de Anagé não chove há dois anos. Agricultores estão perdendo as plantações e muitas famílias estão sem água para beber.
A seca no agreste e no sertão de Pernambuco já apresenta reflexos na Ceasa do Recife, o maior centro de abastecimento do estado. A queda na produção atinge o milho verde, um dos alimentos mais consumidos a partir do mês de maio até o São João. A quantidade de milho diminuiu e os preços já dispararam.
O preço quase dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. Hoje, a chamada mão de milho, com 50 espigas, é vendida por R$ 15. No ano passado? “Era de R$ 8 a R$ 10 a mão”, revela um vendedor.
Com o feijão não foi diferente. O preço subiu 100% em relação ao mesmo período do ano passado. O quilo passou de R$ 3 para R$ 6,20.

 

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