domingo, 17 de abril de 2022

 

Resíduos agrícolas podem ser usados para fabricar uma lenha ecológica chamada briquete

 

E para quem não sabe, briquete, é uma lenha ecológica produzida a partir de resíduos agrícolas ou florestais. Mas que resíduos são esses? Podem ser restos de serragem, poda de árvores, sobras de madeira, casca de arroz e de café, sabugo de milho, caroço de açaí, bagaço de limão e laranja e outras matérias orgânicas que normalmente são descartadas pelo produtor.

Para o pesquisador José Dilcio Rocha, da Embrapa Agroenergia (Brasília/DF), especialista no assunto os procedimentos a serem adotados para a produção dos briquetes são: O primeiro passo é armazenar os resíduos com o mesmo cuidado que se tem com os alimentos. Eles não podem pegar chuva, nem ficar em contato direto com a terra, pois passam a ser matéria-prima valiosa para a produção dos briquetes.

Dado o primeiro passo, os resíduos são secos e moídos estando prontos para serem briquetados. Essa operação é realizada em uma máquina, chamada briquetadeira. O equipamento pode atender a cada propriedade ou conjunto de propriedades e precisa ter custos de investimento e operacional compatíveis com os resíduos disponíveis.

O pesquisador dá a dica. Para diminuir os custos é interessante criar associações ou cooperativas para produzir e vender os briquetes. O produtor rural deve se organizar com outros produtores para adquirir os equipamentos mais caros como briquetadeira, secador e picador.  É importante também fazer um plano de negócios para controlar os custos envolvidos nessa atividade e para isso, a associação pode contar com a ajuda da assistência técnica ou do Sebrae.

Obtida a lenha ecológica é hora do produtor economizar e ganhar dinheiro, utilizando-a como fonte de energia na sua propriedade ou vendendo-a para estabelecimentos comerciais ou industriais que tenham fornos ou caldeiras. Pizzarias, padarias, restaurantes, hotéis, olarias, cerâmicas, laticínios, indústrias de gesso e outros que usam lenha são as indicações do pesquisador.

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