A caça da arribaçã, ave que se reproduz no Semi-árido brasileiro, deverá ser regularizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Está marcado para outubro um encontro com todos os setores envolvidos (governo, cientistas, usuários e caçadores), para definir se a caça pode ser liberada e em que condições.
De acordo com o diretor de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama, José Anchieta dos Santos, estudos preliminares do Centro de Pesquisa para a Conservação das Aves Silvestres (Cemave) indicam que pode haver uma estação de caça. “Mas se continuar a caça indiscriminada, as arribaçãs podem vir a ser exterminadas”, diz.Na opinião de Anchieta, mesmo com a caça proibida, é grande a captura da espécie, tanto pela população local quanto por grupos de caçadores. “Para constatar isso, basta checar o número de autuações das superintendências do Ibama no Nordeste”, afirma.
Se a medida for aprovada, o Sertão Nordestino se tornará a segunda região de caça autorizada no Brasil – a primeira foi o Rio Grande do Sul, onde o Ibama permite a caça amadora uma vez por ano, em determinadas regiões do Estado, com cotas pré-estabelecidas para cada caçador.
Também conhecidas como avoantes ou pombas-de-bando, as arribaçãs são alvo dos caçadores, principalmente no período de reprodução da espécie, quando fazem os ninhos no solo da caatinga.
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