quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ovinos Santa Inês-Excelente Alternativa

Características
Origem e principais características da raça
Rodolfo Silveira Pessoa, Graduando em Engenharia Agronômica UFPI, Bolsista PIBIC/FAPEPI
Danielle Ma. M. Ribeiro Azevêdo, Pesquisadora CNPq/FAPEPI Bolsista de DCR DZO/CCA/UFPI
Daniel Cezar da Silva, Graduando em Medicina Veterinária UFPI, Bolsista PIBIC/UFPI
Pedro Norberto de Moura Júnior, Técnico Agrícola, Bolsista ATM/FAPEPI

A raça de ovinos Santa Inês foi criada no Nordeste brasileiro na década de 1950, quando o animal era chamado de Pelo-de-boi. Hoje a raça pode ser encontrada não somente no Nordeste, mas em todas as regiões do Brasil.
A origem da raça Santa Inês é, ainda, motivo de muitas dúvidas e especulações. Alguns pesquisadores acreditam que a raça seja produto do cruzamento entre as raças Bergamácia e Morada Nova; outros acham que foi obtida através do cruzamento entre Bergamácia, Crioulo e Morada Nova. No entanto, a mais provável poderia ser traçada a partir de combinações de quatro fontes genéticas:
a) animais tipo crioulos, lanados, trazidos por colonizadores portugueses e espanhóis, que sob condições tropicais eliminaram ou reduziram a lã;
b) ovinos deslanados oriundos do continente africano, os quais deram origem à maioria das raças deslanadas do Brasil, América Central e Caribe;
c) a raça Bergamácia, de origem italiana, a qual foi cruzada tanto com as ovelhas remanescentes daquelas oriundas do continente africano, como com a raça Morada Nova, seguido de um período de seleção e/ou evolução para a ausência de lã;
d) finalmente, no final da década de 80, um pequeno grupo de criadores adicionou à Santa Inês as raças Somalis e Suffolk.
As características atuais do Santa Inês resultam da seleção natural e de trabalhos de seleção genética de técnicos e criadores. O tipo de orelha, o formato da cabeça e os vestígios de lã evidenciam a presença da raça Bergamácia. Já lã reduzida e a pelagem são traços da raça Morada Nova. A raça Somalis também deixou sua marca no Santa Inês, através da gordura que se apresenta em torno da implantação da cauda, nos casos em que o animal está mais gordo. Então, podemos identificar um autêntico Santa Inês observando apenas algumas características fenotípicas, tais como: pernas compridas, corpo grande, peito largo, cabeça média, orelhas pendulares e longas, e ausência de chifres. Quanto a sua pelagem pode ser branca, malhada, castanha ou preta.
A raça Santa Inês despontou como uma excelente alternativa para os criadores brasileiros que buscavam animais de grande porte, com pelo curto, produtivos e perfeitamente adaptadas às condições do Brasil. Além dessas características, o ovino Santa Inês é bastante fértil, prolífico e precoce. Os machos podem chegam a pesar até 120kg e as fêmeas até 80kg. Elas também se destacam pela habilidade materna e pela excelente capacidade leiteira.
Nota do Blog: O senhor Tião Diógenes, é um dos principais criadores do Santa Inês em nosso estado. Localizado em Açú-RN.

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