Plantio de palma consorciada do Pólo melhora qualidade de vida de famílias da Borborema |
Famílias agricultoras do município de Casserengue, Curimataú paraibano, estão implantando campos de palma consorciados para o fortalecimento da agricultura sustentável tomando como base a agricultura agroecológica e a busca de convivência com a realidade semiárida paraibana. São famílias agricultoras do Assentamento Santa Paula que passam a ter uma área de 2 mil metros quadrados cercada em tela, plantada com palma associada a outras culturas e que passam a ser a área de criação de galinhas, patos, perus, guine dentre outras aves que somam no processo de produção num sistema de proteção das aves contra o ataque de inimigos naturais a exemplo da raposa que representa um dos agentes causadores de significativos prejuízos na avicultura familiar. Domingo Rural entrevistou os agricultores Moacir Paulo Luciano, Severino Benedito dos Santos; a agricultora Edna Pereira Justino da Costa além do representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Casserengue, Raniere Martins da Silva e o assessor técnico da AS-PTA, Cleibson dos Santos Silva que falam sobre as ações em desenvolvimento que vem sendo trabalhadas dentro do Projeto Agroecologia da Borborema que tem financiamento da Petrobrás através do Programa Petrobrás Ambiental. “Pra mim foi uma experiência muito boa porque eu já vejo minhas galinhas dando lucro , antes eu não podia criar devido aos vizinhos que ficavam reclamando, tem vizinhos que não gostam que os animais vá pra terra dele, aí eu digo: a gente vai findar vendendo nossas galinhas, aí chegou essa experiência da tela e eu disse vamos abraçar essa experiência porque acredito que eu acredito que é boa. E está dando certo, graças a Deus está dando lucro, a gente está vendo que a experiência é boa e estamos querendo é crescer mais”, explica a agricultora Edna Pereira Justino da Costa dizendo que a partir de agora as famílias podem fazer agricultura e criações de forma simultânea. “Estamos no caminho certo, já tem vizinho aí querendo , como é que eu entro nesse consórcio, a como é que eu faço? A gente vai e explica: espere sua vez que vai ser consorciado, vamos aguardar que vocês serão beneficiados”. “Pra mim é uma beleza porque eu não esperava acessar uma coisa dessas, aqui eu quero criar as minhas galinhas, os patos, gansos, os perus”, argumenta o agricultor Severino Benedito dos Santos, contemplado com as ações das entidades parceiras a exemplo do cisternão calçadão e o campo de palma consorciada e elogiou a criação do fundo rotativo dos roçados com telas que fazem com que outras famílias sejam também contempladas. “Eu quero é que todos cheguem juntos, todos compareçam a todas as reuniões nós tivermos aqui agora para a gente conversar porque aqui é um problema familiar que todos tem sua obrigação nisso”, aconselha. “É uma maravilha a gente conseguir uma propriedade e ter a estrutura dentro dela, um trabalho digno trabalhado, lutado, forçado com as equipes que vêm para ajudar a gente como a AS-PTA, o Pólo Sindical da Borborema e os Sindicatos e as associações que tudo colabora com a gente e dar a cobertura e a gente acha que é uma maravilha”, explica o agricultor Moacir Paulo Luciano, falando sobre o trabalho que está sendo desenvolvida na unidade produtiva da família. “Dá mais sentido ser agricultor nesse sentido e a gente ter o melhoramento dentro da agricultura familiar e todos que não acreditavam, depois que viram o projeto chegar e o trabalho da gente, estão caçando jeito de se enquadrar”. O tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Casserengue, Raniere Martins da Silva, ao conversar com os ouvintes das emissoras parceiras falou sobre o trabalho desenvolvido naquele assentamento rural e garante que a qualidade de vida das famílias vem mudando para melhor com um processo de aprendizado que se compartilha de forma mais Ampla a cada dia. “E uma coisa que a gente percebe muito que vem dando assistência aos agricultores e apoiando até nas experiências é a questão das visitas de intercâmbio, os cursos de formação que o sindicato em parceria com o Pólo e a AS-PTA vem fazendo tanto no município como no também fora do município, a gente vê que isso vem sendo uma escola para os agricultores e agricultoras para desenvolver suas experiências. Uma coisa também que chama muita a atenção da gente é que a gente percebe que hoje os agricultores estão participando mais das reuniões porque antes o sindicato sentia essa dificuldade de fazer uma reunião e os agricultores participar e a gente percebe que com a chegada dessas dinâmicas e essas visitas de intercâmbios, esses cursos de formação que a gente vem fazendo com os agricultores a gente percebe que eles estão se aproximando mais e estão desenvolvendo suas experiências”. Cleibson dos Santos Silva é assessor técnico da unidade gestora de recursos AS-PTA, falou no Domingo Rural sobre as ações que estão sendo recebida no município de Casserengue do Projeto Agroecologia na Borborema trabalhado pelas entidades do Pólo da Borborema. “Uma das ações foi o processo da rearborização das áreas degradas que a gente trabalhou no ano passado de 2010 e esse ano a gente está dando início com a implantação dos campos de palmas consorciados. Então o município de Casserengue é um dos municípios contemplado com essa ação e esses campos de palma hoje estão sendo implantados para o fortalecimento dos quintais e o empoderamento dos trabalhos com as mulheres”, relata Cleibson, acrescentando que está ficando melhor ser agricultor familiar na atualidade política em que se está vivendo exemplificando os programas governamentais que compram a produção das famílias agricultores para consumo em programas sociais locais. “Com certeza, nós temos aí o programa do governo aí o PNAE, essa compra direta com a Conab através dos programas do Governo Lula anteriormente e posteriormente a continuidade com o Governo Dilma, então isso é uma das preocupações tanto do pólo como dos sindicatos nos municípios é que essa segurança alimentar venha fortalecer mesmo essas famílias aqui do município e que ela continue essa sustentabilidade com essa alimentação tanto animal como a da própria família”. Ele falou sobre a importância dos Fundos Rotativos dos Campos de Palma numa dinâmica de manter as famílias unidas na promoção de novas famílias na dinâmica de busca de sustentabilidade. “Essas foram uma das principais preocupações tanto do Pólo como nossa de assistentes técnicos de que esse trabalho venha dar continuidade. Todos os projetos a gente sabe que tem início, meio e fim, então por essa razão nós temos uma preocupação grande e o município de Casserengue hoje está com oito campos de palma implantados e que eles têm essa preocupação de não parar nesses oito, de dar continuidade e no futuro ter de 20, 30 a 50 campos a mais. Então uma das preocupações é a continuidade desses fundos rotativos onde outras famílias se envolvem onde eles ficam dando uma contribuição por mês e que futuramente elas venham ser contempladas também com esse campo, então uma das preocupações é exatamente essa é de que esses recursos cheguem, mas que não cheguem a fundo perdido, eles venham a contribuir com a família e que essas famílias ajudem a outras serem contempladas com esses campos”. Nota do Blog: Poderia a Secretaria de Agricultura do RN, copiar o exemplo do vizinho Estado da Paraiba, aproveitando o período chuvoso, para se plantar a Palma Forrageira em algumas áreas do nosso semiárido. Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural |
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
A Palma Forrageira
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