Cana
Força tarefa em Brasília em defesa da cana do NE diante da 6ª seca na década
Problema e os pleitos pertinentes para fóruns da CNA e do Ministério da Agricu
Apesar dos efeitos
negativos enfrentados pelo setor pecuário diante da repercussão da
operação Carne Fraca da Polícia Federal, cujo carece de plena atenção,
um outro setor agropecuário líder em exportação do Brasil tem sofrido
muito e sem a devida visibilidade política, mesmo com graves problemas e
de forma continuada. O segmento sucroenergético nordestino tem
enfrentado o 6º ano consecutivo de seca com expressiva redução produtiva
e de produtividade e com a inviabilização da cultura em áreas
tradicionais que são alicerce da economia da região. A safra 2016/2017
encerrou meses antes do padrão por conta da falta de cana e a atual
safra terá déficit produtivo ainda maior. O problema foi tratado em
Brasília durante a reunião da
Comissão Cana de Açúcar da Confederação Nacional da Agricultura e
Pecuária (CNA).
“Desde meados de julho de 2016 não chove
normal em grande parte da Zona da Mata canavieira do NE. E mesmo que
comece a chover a partir deste mês, a próxima safra terá uma redução
média de 30%, visto toda a mortandade do broto da cana”, lamenta
Alexandre Andrade Lima, que é presidente da Federação dos Plantadores de
Cana do Brasil (Feplana) e da União Nordestina dos Produtores de Cana
(Unida). Pernambuco e Alagoas, que são os maiores estados produtores da
região, sofrem ainda mais com a atual seca que se repete pelo sexto ano
consecutivo.
O dirigente, que participará da reunião
de hoje na CNA, lembra que as secas provocadas, sobretudo pelo fenômeno
climático El Niño no NE, já contribuíram para reduzir sete safras de
cana, nos últimos 24 anos. Isso significa que foram 14 anos de estiagem
nesse período. “A única saída para continuar plantando cana na região
depende de políticas públicas de irrigação, sobretudo para os
fornecedores de cana do que as usinas, pois irrigam menos e não possuem
reservas de água nas propriedades.
Este assunto e o pagamento da subvenção
federal da cana, sancionada em lei desde 2014 e ainda não pago, será
defendido por Andrade Lima hoje em Brasília, quando, na ocasião, também
serão tratados de outras pautas: Plano Agrícola e pecuário 2017/2018,
Consecana, RenovaBio 2030. O dirigente estará acompanhado dos demais
dirigentes da Unida.
Lima e a comitiva nordestina levarão o
problema da seca nos canaviais e os seus pleitos pertinentes para outros
fórum da CNA e do Ministério da Agricultura (Mapa) nesta semana. O caso
será abordado durante a Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool do Mapa
nesta quarta-feira (22). Os dirigentes também participarão do Conselho
Agro da CNA na quinta-feira (23). A Feplana e a Unida também buscarão
dos parlamentares do Congresso Nacional o apoio aos pleitos dos 21 mil
canavieiros do NE.
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