segunda-feira, 18 de março de 2013

Luz vermelha da seca já foi acesa, diz Jales

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Completada a metade do primeiro mês de uma quadra que deveria ser chuvosa e que compreende principalmente o período de março a maio, um balanço dos mananciais do Rio Grande do Norte indica “muita preocupação” – para usar as palavras do secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Gilberto Jales.
Nesta quinta-feira, a pedido do JH, o secretário atribuiu cores aos efeitos da seca: “Se  estávamos no amarelo há muito tempo, o sinal vermelho já foi aceso no estado, onde 12 municípios entraram oficialmente em colapso de abastecimento”, reconheceu. Entre as cidades com problemas estão Equador, Carnaúba dos Dantas, Serra Negra do Norte, Pilões, João Dias, Luiz Gomes, Água Nova e Rafael Fernandes.
Com as obras de adutoras em andamento, disse Jales, a expectativa é que o fornecimento de água em metade desses municípios possa ser restabelecido ainda no primeiro semestre. Mas, para a outra metade, admitiu, a saída continua nas mãos de São Pedro.
Uma das tentativas de minimizar esse problema é a recuperação de cerca de 800 poços que já existem, mas estavam fora de operação por motivos variados. Gilberto Jales disse esta manhã que, num primeiro momento, 96 deles foram reativados dentro da emergência e outros 50 estão sendo trabalhados com recursos próprios do governo do estado.
“Numa segunda etapa, a ser desencadeada imediatamente, a meta é recuperar outros 250″, garantiu.
Embora importantes, o secretário reconhece que muitos desses poços foram encontrados secos ou sem condições técnicas de operação. Parte deles, por ter à disposição água salobra, só poderá atender outras finalidades a menos que recebam dessalinizadores, cuja instalação também está nas previsões orçamentárias.
Gilberto Jales afirma que, apesar de um paliativo pontual junto às comunidades mais afastadas, a recuperação de poços representa, na prática, uma redução importante na presença de carros pipa.
Em Pilões, no Seridó, por exemplo, ele citou que um único poço em funcionamento representa o equivalente em fornecimento, com seus seis mil litros/h de vazão, a presença de um carro pipa a cada hora e meia.
Segundo Gilberto Jales, cuja atuação chegou a ser elogiada por representantes da Federação da Agricultura durante a expedição Retratos da Seca, realizada no mês passado, todos os investimentos feitos em adutoras no estado dependem, porém, das condições gerais dos mananciais. E isso, é claro, depende de chuva.
“O que temos, por enquanto, são precipitações abaixo da média, distribuídas irregularmente e veranicos que são ruins para a agricultura”, lembrou Jales. “Com a estiagem a se manter assim, a saída será reduzir ainda mais a oferta de água e acelerar, como vem sendo feito, as obras de adutoras na esperança de não passarmos no futuro pelo que vivemos agora”, afirmou.
Fonte: O Jornal de Hoje

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